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Sustentabilidade: aulas on-line podem contribuir, diz estudo

por admin

A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), realizada entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro em Glasgow, na Escócia, voltou a trazer à tona a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas – bem como a tomada de ações coletivas e individuais – a respeito da redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. A redução ou substituição do uso de combustíveis fósseis, como a gasolina, é um dos pontos centrais das ações que visam a atenuação das mudanças climáticas no planeta. Neste sentido, ganha força a questão da sustentabilidade em ações cotidianas do cidadão, como a diminuição do uso de automóveis nas grandes metrópoles brasileiras. 

O compromisso assinado por representantes de 196 países no dia 13 de novembro é de que haja uma redução de 45% na emissão de carbono até 2030, devendo tal emissão ser completamente neutralizada em 2050. O Brasil foi signatário do pacto, estipulando uma meta ainda mais ambiciosa para 2030 (de redução de 50% na emissão de carbono). 

Apesar do compromisso estabelecido, foi registrado no país, em 2020, um aumento de 9,5% nas emissões de gases poluentes, de acordo com dados do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), do Observatório do Clima.

De acordo com um estudo recente publicado pela revista científica Frontiers in Sustainable Cities, 52% de todas as emissões urbanas de gases de efeito estufa no planeta vêm de apenas 25 cidades, sendo a quase totalidade delas localizadas na China (a exceção é Moscou, na Rússia) – São Paulo, única metrópole brasileiras na lista, ocupa a 58ª posição. 

Com efeito, outro compromisso firmado na Cop-26, consoante com o pacto global já citado, foi realizado por um grupo de mil cidades, que representam mais de 722 milhões de pessoas: nele, é assumido o comprometimento de que seja reduzida pela metade a emissão de carbono até 2030. Dentre os oito municípios brasileiros participantes estão Salvador, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói – as outras três cidades ainda não foram reveladas.

A necessidade da diminuição do uso de combustíveis fósseis

Dentro desta lógica da menor circulação de automóveis nas cidades está uma prática que ganhou força ao longo da atual crise sanitária: o teletrabalho e os cursos realizados de forma on-line. Para Andressa Persson, fundadora do ClickAula, portal que oferece aulas extracurriculares e de reforço escolar de forma on-line, a pandemia de Covid-19 evidenciou que é possível trabalhar e estudar de forma remota, aproveitando melhor um tempo que se perdia em deslocamentos pela cidade, colaborando, além disso, para a redução da emissão gases poluentes na atmosfera. 

De acordo com um estudo publicado no periódico científico Nature Climate Change, as medidas de isolamento social adotadas por autoridades de todo o mundo com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus – que implicaram na adoção do home office e das aulas à distância em escolas – causaram uma queda de 7% nas emissões de CO2 ao longo de 2020. A explicação, de acordo com a pesquisa, se deve principalmente pelo fato de estas restrições terem impactado na menor circulação de carros nas ruas neste período.

A profissional pontua que os jovens estão cada vez mais conscientes da importância da temática da sustentabilidade e da luta pela preservação do meio ambiente, bem como da redução do aquecimento global. “Com pequenas atitudes, como deixar o carro na garagem, pode-se construir toda uma mudança de comportamento que terá grande impacto para futuras gerações”, afirma.

“Pense em uma pessoa que circula com um carro econômico por 100 quilômetros em uma semana: o impacto gerado pela emissão de carbono na atmosfera teria que ser compensado com o plantio de 46 árvores na Mata Atlântica ou 27 árvores na Amazônia”, pontua Persson, citando o cálculo realizado pelo Lastrop (Laboratório de Silvicultura Tropical), equipamento que integra o Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da USP (Universidade de São Paulo).

“Os jovens estão bem conscientes sobre a importância de cuidar do meio ambiente para a sobrevivência do planeta Terra. E a redução do impacto ambiental por meio da diminuição do uso de combustíveis fósseis faz parte desta conscientização”, pontua.

A fundadora do ClickAula ressalta, porém, que o ideal é que a sociedade possa alcançar um modelo híbrido para os estudos, de modo a preservar e incentivar a sociabilidade entre as crianças, tão importante para o desenvolvimento psíquico e motor delas. 

“Nós acreditamos que eventualmente chegaremos a um modelo híbrido, onde haverá encontros entre as crianças para brincar e a mesma turma também se encontrará de modo on-line para fazer aulas com temas bem diversos, que não se encontram nas escolas”, conclui.

Para saber mais, basta acessar o link: https://clickaula.com.br/

Website: https://clickaula.com.br/

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