As marcas que 2016 deixou com as lições do Jogos Rio 2016
Os jogos olímpicos surpreenderam o mundo, que pôde conhecer um pouco mais sobre o Brasil e o Rio de Janeiro em 2016. No último dia 14, o GDF informou que foi possível economizar R$ 15 milhões nos gastos com o evento esportivo. Nos Jogos Rio 2016, os revezamentos das tochas olímpica e paraolímpica na cidade custaram, com as partidas de futebol no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, R$ 16.854.953,71. O orçamento previsto inicialmente era de R$ 32 milhões e os maiores gastos foram com o futebol.
Mas nem só de jogos viveu o Rio, por isso o projeto “Rio Creator’s Lab” fez questão de capturar o outro lado da história. Com a ajuda dos vídeos 360º o “Rio Creator’s Lab” proporcionou para as pessoas do mundo inteiro a experiência de visitar o Brasil – mesmo que virtualmente – levando um pouco mais da cultura do povo Brasileiro para além da cidade olímpica.
E olha que esse ano foi bem movimento por conta da grande instabilidade que o país vivia. Para Maria Fernanda Lauret, O objetivo principal do projeto “Rio Creator’s Lab” era o de retratar em realidade virtual, e em um curto período, grande parte do que estava acontecendo nos âmbitos sociais e políticos naquele período. Lauret, que é editora de vídeos 360° na HuffPost RYOT, retrata que apesar dos jogos terem sido um belo espetáculo, era importante abordar temas de maneira mais imersiva e impactante, evidenciando o que realmente estava acontecendo no Brasil.
Lauret realizou as filmagens, o stitching (processo em que as imagens criadas pela câmera 360° formam uma única imagem) e edição de vídeos em Realidade Virtual na cidade do Rio durante as Olimpíadas. As gravações foram feitas durante duas semanas, resultando em cerca de 13 vídeos relatando a cultura e a realidade do povo brasileiro em um ano tão conturbado política e socialmente para o país.
Rio Creator’s Lab
O projeto abordou temas que retratam os fatores como: a falta de infraestrutura; a poluição da Baía de Guanabara e os impactos para trabalhadores e moradores da região; a cultura do Baile Funk, a importância da música nas favelas e o impacto gerados pelos jogos com o impedimento da realização de Bailes Funk; protestos contra a situação política em que o país se encontrava e as contradições do governo.
Além disso, o Rio Creator’s Lab também teve por intuito mostrar a beleza da cidade do Rio; a influência positiva dos esportes, sobretudo na vida de jovens das favelas do Rio; a cultura da música, do churrasco e da arte de rua como forma de manifesto. “Meu objetivo durante esse projeto, principalmente como editora de vídeos em realidade virtual, era o de transmitir a energia brasileira, nossa voz, nossa realidade, nossas dificuldades e nossas conquistas através desses vídeos. Queria criar peças interessantes que gerassem curiosidade no público internacional e o alcance de milhões de pessoas do Brasil e do mundo. Para mim foi gratificante servir como uma ponte entre o meu time e as histórias que estavam sendo contadas.” – ressalta Maria.