São Paulo, julho de 2025 – Os alunos dos cursos de Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção, Administração e Eng. Química do Instituto Mauá de Tecnologia estão colaborando com a ONG Amigos do Bem para impulsionar soluções inovadoras que fortalecem a geração de renda no sertão nordestino. A iniciativa, que une ciência, sustentabilidade e empreendedorismo social, nasceu com o objetivo de apoiar e ampliar o impacto do trabalho que a ONG já realiza nas comunidades de Mauriti (CE) e Catimbau (PE), criando possibilidades de renda a partir de resíduos da castanha de caju.
A partir de visitas e imersão nas regiões atendidas, os estudantes buscaram entender os desafios locais e identificar matérias-primas subutilizadas que pudessem ganhar novos usos. O resultado foi a criação de protótipos e produtos sustentáveis que reaproveitam integralmente a castanha de caju. O leite vegetal extraído da castanha vira produto alimentício; o resíduo sólido se transforma em um creme de caju “tipo queijo”; já o resíduo de casca da castanha, antes descartada, agora está sendo testado para a produção de biodiesel, cosméticos naturais e até fertilizantes.
Essas soluções foram pensadas em conjunto com os Amigos do Bem e serão integradas à cadeia produtiva já existente da ONG, que comercializa os produtos, gerando renda e novas perspectivas para as famílias atendidas. “O projeto é uma aula viva de como ciência e responsabilidade social se complementam. Os estudantes aplicam seus conhecimentos técnicos num contexto real e desafiador, contribuindo diretamente para o fortalecimento de ações que já transformam vidas”, afirma Tatiana Tribess, professora do curso de Engenharia de Alimentos do Instituto Mauá de Tecnologia.
A visão integrada da iniciativa também é destacada por Afonso Braga, professor do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia. “Projetos como este demonstram o poder transformador da educação quando conectada com a realidade social do país. Nossos alunos não apenas desenvolvem soluções técnicas, mas também aprendem a enxergar o impacto humano de suas escolhas e inovações. É uma experiência formativa completa, que une propósito, aprendizado e contribuição real para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, afirma Braga.
Mais do que desenvolver produtos, o projeto busca construir soluções sustentáveis e duradouras, que permaneçam viáveis mesmo após a conclusão da etapa acadêmica. O trabalho dos alunos é realizado em parceria com os moradores locais, promovendo capacitação, repasse de técnicas e valorização do saber regional.
“O que antes era apenas resíduo hoje é oportunidade. A colaboração com o Instituto Mauá trouxe inovação para dentro das comunidades e abriu portas para novos produtos com potencial de mercado. Essa união entre educação, ciência e ação social tem ampliado nosso alcance e mostrado que é possível transformar o sertão”, destaca diretor geral dos Amigos do Bem André De Luca.
Sobre Amigos do Bem
A Instituição Amigos do Bem nasceu em 1993 com a iniciativa de um grupo de amigos de São Paulo liderados por Alcione Albanesi que, comovidos pela situação de miséria no sertão nordestino, se mobilizaram para ajudar a região. A instituição transforma vidas por meio de projetos de educação, trabalho e renda, acesso à saúde, água e moradia. Os Amigos do Bem atuam em diversas áreas para promover a inclusão social e romper o ciclo de miséria na região. Hoje, 150 mil pessoas são atendidas todos os meses, em 300 povoados do sertão de Alagoas, Pernambuco e Ceará.
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