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Pandemia e transformação digital: o que mudou nos processos jurídicos

por admin

Com mais de um ano de pandemia, nota-se como a tecnologia tem influenciado diversos setores do mercado, e com o setor jurídico isso não foi diferente.

Processos anteriormente focados em atos presenciais tiveram que se adaptar rapidamente ao cenário causado pela pandemia do covid-19. O que inicialmente foi tratado como medida provisória, em apenas alguns meses, revolucionou o setor, algo que se esperava no mínimo 5 anos para acontecer.

Mas segundo uma pesquisa realizada pela AB2L (Associação Brasileira de Legaltechs), ainda há muito espaço no setor jurídico para inovações, pois, atualmente, somente 22% dos escritórios de advocacia de todo o país, incluindo advogados de atividade individual, utilizam tecnologias no dia-a-dia.

O levantamento também revelou que apenas 28% dos advogados admitiram estar preparados para isso. Em meio a este cenário, empresas de tecnologia voltadas para ao setor jurídico viram oportunidade de atuação no Brasil.

É o caso da Lexly, organização sueca com atuação em toda Europa, que recebeu investimentos para uma parceria no Brasil. Com 15 anos no mercado europeu e mais de 300 mil clientes atendidos, a plataforma foi lançada no Brasil que iniciou suas atividades por aqui em meio à pandemia.

Juliana Barbiero, CEO da companhia, aponta a importância do uso de novas tecnologias para otimizar a atividade dos advogados brasileiros neste momento. “Toda situação da pandemia quebrou paradigmas dentro da indústria que sempre foi muito tradicional, focada no encontro pessoal. As legaltechs chegam neste momento para ajudar os mais de 1,3 milhões de advogados do país”, disse Barbiero.

O Supremo Tribunal Federal, por exemplo, usa uma tecnologia de Inteligência Artificial chamada Vitor e algumas de suas funcionalidades são localizar documentos no acervo do tribunal, categorizar processos e transformar imagens em texto.

Além de agilizar os processos jurídicos, a tecnologia também viabiliza a redução de custos para os advogados que atuam remotamente, pois não há mais a necessidade de gastos com aluguel de espaço físico e transporte, por exemplo. Isso gera um impacto na eficiência e disponibilidade dos serviços, tornando-os mais acessíveis ao cliente final.

“Os advogados ainda hoje ficam presos em tarefas muito operacionais e a tecnologia pode trazer mais eficiência para que eles possam otimizar o tempo e analisar situações mais complexas, trazendo soluções jurídicas mais personalizadas”, comenta a CEO.

A possibilidade de trabalhar home office impulsionada pelo isolamento social também impactou a qualidade de vida dos profissionais, que passam a ter mais autonomia para gerir o tempo e exercer suas atividades de qualquer lugar.

Ainda que o ideal seja escolher trabalhar de casa ou ir para um escritório na realidade de um país pós-pandemia, é possível notar os benefícios que as tecnologias geram para o exercício da profissão. “O objetivo é sempre trazer mais eficiência para o advogado ter mais tempo, seja para trabalhar, estudar ou ficar com a família”, completa Juliana.

Website: https://lexly.com.br/

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