Definitivamente a pandemia deu uma ressignificação ao imóvel e ao ato de morar, mais do que nunca a denominação de “lar” e de “morar em família” foi importante nestes 10 meses de reclusão e isolamento social.
Além do problema do Coronavírus, especialistas afirmam quatro outros importantes fatores para o aumento constante das buscas por imóveis: o home office, as mais baixas taxas de financiamento imobiliário da história do Brasil, as quase insignificantes taxas de rentabilidade das rendas fixas, a queda da bolsa de valores e a alta no reajuste dos aluguéis baseados no IGPM.
Segundo a Consultoria Buildings, a taxa de vacância dos imóveis comerciais nas principais capitais do Brasil aumentou em 2020 algo entre 17% a 24%, sendo que estes imóveis já vinham enfrentando uma alta vacância em média de 13% antes da pandemia. Ou seja, antes de 2020 a economia já não estava boa, mas tudo indicava que seria um ano melhor que 2019, contudo, em março com a pandemia muitas empresas foram obrigadas a trabalhar em home office e hoje pode-se afirmar que a maioria das empresas acabaram adotando este novo modelo de trabalho para seus funcionários.
Atualmente o mercado conta com as menores taxas de juros da história para financiamentos imobiliários do Brasil. De acordo com o Presidente da ADEMI-DF, Eduardo Aroeira, em 2019 estes juros eram de até 12% ao ano e atualmente as taxas são de 6,12% ao ano. Ou seja, em muitos casos os valores da prestação dos financiamentos caíram em mais de 40%.
A elevada alta do IGP-M, indicador que mede a variação de preços para reajustes dos contratos de aluguel, no acumulado de 2020 chegou a 23,14% ao ano; isto fez com que muitas famílias que pagavam aluguel passassem a buscar novos imóveis, sendo que aqueles que guardaram dinheiro e viram os seus rendimentos em renda fixa e/ou em bolsa de valores caírem assustadoramente, começaram a buscar a aquisição de novos lares como uma maneira de investimento, preservar capital e melhoria de moradia familiar. Segundo Raul Costa, especialista em crédito Imobiliário, para imóveis na faixa de R$ 500.000,00, atualmente, dando 20% de entrada e financiando o restante em até 420 meses, o valor da prestação fica até menor que o valor dos aluguéis. Já para Ricardo Valim, Diretor da Know-How Imobiliária, aproximadamente 70% das vendas de 2020 em sua imobiliária vieram de inquilinos que compraram o próprio imóvel que alugavam.
Outro fator foi a saída de investidores das aplicações de renda fixa e principalmente da bolsa de valores, alicerçando o seu capital em imóveis residenciais para locação, algo muito cultural em Brasília-DF, fato que ocorre desde o início da construção da capital.
Segundo o levantamento do Portal Imobiliário DFimoveis.com, em janeiro de 2021 a busca por imóveis cresceu 73,22% se comparada a janeiro de 2020, foram mais de 11 milhões de páginas visitadas, por mais de 350 mil usuários. Já segundo o estudo de Registro de Imóveis da ANOREG-DF, o número de Registro de Compra e Venda efetivadas nos Cartórios de Notas cresceu 15,64% comparando janeiro de 2019 com 2020, totalizando 2.803 registros de imóveis. O recorde de 2019 foi o mês de dezembro com 3.898 registros, seguidos por julho 3.748 e outubro 3.698; sendo o pior mês abril com 1.080 registros, mês seguinte ao lockdown, seguido por maio com 1.682 registros. Contudo, em junho de 2020 já se constatou o início das altas de 11,56% com 2.595 registros, se comparado a junho de 2019. Ou seja, as famílias brasilienses efetivamente adquiriram novos lares em 2020 e começaram, em janeiro 2021, aceleradas nas buscas e mantiveram as compras acima da média de 2020.
E onde investir? Segue a lista das 12 Regiões mais buscadas no Portal Imobiliário DFimoveis.com:
01 – Águas Claras
02 – Asa Norte
03 – Guará
04 – Taguatinga
05 – Asa Sul
06 – Sobradinho
07 – Jardim Botânico
08 – Sudoeste
09 – Samambaia
10 – Vicente Pires
11 – Lago Norte
12 – Lago Sul
Algumas dicas básicas para a compra do imóvel próprio:
• investir segundo capacidade de pagamento, por exemplo, comprometendo para financiando no máximo 25% da “renda líquida”, segundo o presidente do SECOVI-DF, Ovídio Maia.
• Se o imóvel for de revenda, checar toda a documentação do imóvel para saber se este é seguro: certidões dos imóveis, de ônus do cartório competente e de IPTU; já os proprietários devem tirar todas as certidões negativas dos tribunais, da Justiça Federal, da Fazenda, Receita, INSS e trabalhista, afirma o presidente da ANOREG-DF.
• Se o imóvel estiver em construção, a Cartilha do SINDUSCON-DF e ADEMI-DF sugere: conferir o Memorial de Incorporação, verificar a qualidade técnica da construtora visitando obras já concluídas, conversar com o síndico para saber como é o tratamento pós-obra e checar a condição financeira da construtora.
• Como forma de manter a compra segura, o Portal DFimoveis.com oferece Selo Imóvel Seguro, um selo dos Cartórios para Imóveis ofertado pelas principais imobiliárias, construtoras e corretores.
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