O XIV Fórum Nacional de Inovação Tecnológica em Saúde destacou avanços e desafios no cenário brasileiro. A reunião de líderes políticos e especialistas da área, incluindo os senadores Marcos Cesar Pontes e Izalci Lucas, e a deputada federal Rosangela Moro, teve como objetivo discutir ações que impulsionem a inovação na saúde brasileira.
A abertura ficou por conta de Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, entidade organizadora do evento, que ressaltou a evolução do instituto desde 1999, destacando seu crescimento ao inserir temas como saúde, pesquisa, inovação e acesso, há 15 anos.
A presidente da Frente Parlamentar Mista de Inovação e Tecnologias em Saúde para Doenças Raras, deputada Rosangela Moro, vinculou “doenças raras” à “inovação tecnológica”, enfatizando a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de capacitação na atenção básica.
O senador Marcos Cesar Pontes, conhecido como o “senador astronauta”, destacou a importância da prevenção, ressaltando que a inovação vai além da tecnologia, incluindo o contexto humano.
Izalci Lucas, também presente na abertura do Fórum, abordou os desafios das patentes no Brasil e a importância de investimentos na educação, afirmando que “não há solução senão pela educação, ciência e tecnologia”.
Marco regulatório, genomas e inovação farmacêutica na vanguarda
A segunda parte do fórum envolveu debates técnicos, mediados por Cleila Guimarães Pimenta Bosio, diretora do Departamento da Bioindústria e Insumos Estratégicos da Saúde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Na oportunidade, a diretora da ANVISA, Meiruze Sousa Freitas, enfatizou a necessidade de um marco regulatório forte, enquanto Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da CBDL, trouxe à tona a novas medidas adotadas pela OMS e a importância da inovação em diagnósticos.
Dr. João Bosco de Oliveira Filho, médico do Hospital Israelita Albert Einstein, revelou insights sobre o uso dos genomas no diagnóstico precoce, destacando o projeto “Genomas Raros” em parceria com o Ministério da Saúde.
Luciana Shimizu Takara, diretora da INTERFARMA, enfatizou o papel crucial do setor farmacêutico na defesa da inovação, destacando a importância de medicamentos inovadores e o equilíbrio a longo prazo.
Modelos alternativos e inovadores de contratação e acesso a tecnologias em saúde, foi foco da palestra de Laura Murta Amaral, biomédica e especialista na área de avaliação de tecnologias.
Para finalizar, Julieta Maria Cardoso Palmeira, assessora da FINEP, trouxe à tona oportunidades de apoio à inovação, anunciando um investimento de 500 milhões para a área da saúde em um edital a ser lançado em dezembro.
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