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Headhunters analisam o impacto dos investimentos das montadoras de carros elétricos nos empregos

por admin

A necessidade de veículos ambientalmente mais eficientes e seguros fazem montadoras investirem em automóveis elétricos. E, segundo os headhunters, vão aumentar as contratações, mas o perfil dos profissionais das montadoras está mudando para candidatos com habilidades digitais. A falta de habilidades digitais está dificultando a transformação digital em 54% das organizações. E essa lacuna está aumentando: uma pesquisa da empresa de recursos humanos, United HR prevê que as indústrias de tecnologia, até 2023, provavelmente estarão com déficit de 1,1 milhão de trabalhadores qualificados em todo o mundo.

A China e Europa são mercados exemplares em incentivos aos elétricos. A China projeta que as vendas de veículos elétricos representarão 25% do total nos próximos anos até 2025. A Alemanha proibiu a venda de veículos a combustão a partir de 2030. O Reino Unido proibirá a venda de carros movidos por diesel e gasolina em 2035. Nesses países, ver carros elétricos circulando pelas vias é algo comum (Fonte: CB Insights).

Ao anunciar o fim da produção de carros no Brasil, a Ford confirmou lançamentos no país. Foi uma forma de tentar evitar uma debandada de clientes. Entre as novidades, está o SUV elétrico Mustang Mach-E. O utilitário já está em produção no México, de onde virá isento de taxa de importação. Entretanto, a fila de espera nos EUA está enorme, e sua estreia no Brasil deve ficar para o 2º semestre (Fonte: CB Insights).

A disputa para tornar os veículos elétricos eficientes e acessíveis está se acelerando. As maiores empresas da indústria, participantes do mercado e formuladores de políticas aumentaram seus investimentos em 2020, propondo que este ano seja uma oportunidade em potencial para adoção em massa destes automóveis, afirma Márcio Miranda CEO da United HR (empresa multinacional de executive search e outplacement).

Na contramão dos efeitos negativos da pandemia para a economia global, o mercado de veículos elétricos amadureceu consideravelmente no último ano. Segundo dados da consultoria sueca EV Volumes, em todo o mundo, as vendas dispararam 43%, para 3,24 milhões de veículos vendidos em 2020.

O movimento foi impulsionado, principalmente, pela Europa, que pela primeira vez em cinco anos assumiu a liderança global como fonte de compras do setor e ultrapassou a China. O número de veículos elétricos em circulação já supera o volume de carros tradicionais, registrando um recorde no mundo. No ano passado, os veículos elétricos a bateria representaram 54,3% de todas as vendas no país (Fonte: S & P Global Noruega).

As vendas desses automóveis na China devem aumentar 40% este ano, chegando a 1,8 milhão de unidades vendidas, contra 1,37 milhão do ano passado, segundo projeções. (Fonte: Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis).

Márcia Pillat, CEO North America da United HR, No mercado de capitais, os papéis de empresas produtoras de veículos elétricos tiveram um salto gigantesco em 2020 e 2021. O Global X Autonomous & Electric Vehicles ETF (DRIV), principal benchmark do setor nos EUA, cresceu cerca de 80% nos últimos 12 meses e já acumula alta acima de 15% em 2021, superando até mesmo o setor de biotecnologia em destaque com o lançamento de vacinas.

Para Alisson Soncine, Managing Director da United HR, os investimentos em caminhões e ônibus elétricos, também impulsionaram os empregos nas montadoras. “A Workhorse Inc., fabricante de veículos comerciais, também levantou expectativas para o mercado de veículos elétricos, com a produção de caminhões de médio porte sistemas de drones de entrega e aeronaves elétricas”.

“A companhia emergiu como uma das ações do setor de veículos elétricos mais populares graças a sua liderança na produção de vans elétricas, um mercado de US $18 bilhões, com cerca de 350 mil vans vendidas por ano a um preço médio de US $50 mil. Nos últimos 12 meses, as ações da companhia, listadas na Nasdaq, saltaram cerca de 390%”, afirma Alisson Soncine.

A famosa holding de investimentos do renomado bilionário Warren Buffett investiu fortemente nos últimos anos em participações na americana GM e na chinesa BYD. Com a perspectiva consolidada de crescimento para o setor, a General Motors, por exemplo, anunciou um plano de lançamento de 30 novos modelos de veículos elétricos até 2025 (Fonte: LAFIS).

A Berkshire investiu na GM em 2012, e desde então, sua posição cresceu gradualmente para 80 milhões de ações, o equivalente a cerca de US $2,4 bilhões em setembro de 2020 e continua crescendo em 2021 (Fonte: CEIC).

Gustavo Apostolico, CFO da United HR, analisou dados estatísticos das contratações previstas para 20201. “Especificamente, acredita-se que as áreas de produção e logística deverão registrar as maiores contrações nos próximos anos, em até mais de 10%. O mesmo pode acontecer nas divisões auxiliares, que podem perder até 5%. Por outro lado, está em crescimento o departamento técnico, com uma expansão entre 3 e 7%, o marketing, que pode subir 2 ou 3 pontos percentuais, e o TI, que pode atingir cerca de +5%”.

De acordo com a análise dos headhunters da United HR, novas competências e novos empregos serão criados ligados a serviços digitais, tecnologias e ao desenvolvimento de baterias e motorizações cada vez mais eficientes. O maior desafio será transformar as gigantes montadoras em prestadoras de serviços, afirmam os especialistas em recursos humanos.

Website: http://unitedhr.co

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