Pilotos e tripulações de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) vêm utilizando regularmente, durante missões reais e simuladas, dispositivos óticos conhecidos como Óculos de Visão Noturna (NVG – sigla em inglês).
Esses dispositivos foram usados na semana passada pelo 1º/9º GAv – Esquadrão Arara na Operação Coruja Verde II, ocasião na qual a unidade baseada em Manaus (AM), desenvolveu treinamentos noturnos com aeronaves de transporte C-105 Amazonas. Além de decolagem, navegação a baixas altitudes e pouso, esses treinamentos incluíram lançamento de cargas e paraquedistas em condições de total escuridão.
Capaz de intensificar em até 50 mil vezes a luz residual presente no ambiente, incluindo aquela proveniente da Lua e das estrelas, o NVG torna exeqüíveis missões antes impossíveis de serem realizadas no período noturno. Os treinamentos começam no solo e a adaptação ao NVG inclui o aprendizado de como lidar com as limitações do equipamento. As imagens vistas através do dispositivo ótico apresentam apenas coloração em tons de verde, e faz o usuário perder a noção de profundidade e seu campo visual fica mais estreito com relação ao normal.
Além do Esquadrão Arara, tripulações de C-105 do 1º/15º GAv – Esquadrão Onça, baseado em Campo Grande (MS), que opera helicópteros Sikorsky H-60 e A-29 Super Tucano, também estão capacitadas para operar com o auxílio de NVG.
Você sabe distinguir uma cena de jogo de ação e a realidade? Assista ao pequeno vídeo informativo da FAB e saiba o que estamos falando..
Em meados do mês de agosto, quatro aeronaves de ataque A-29 Super Tucano pertencentes ao 1º/3º G.Av. – Esquadrão Escorpião, baseado em São Gabriel da Cachoeira (AM), inutilizaram, durante a madrugada, uma pista de pouso e decolagem clandestina localizada próxima da fronteira entre Brasil e Colômbia, na região conhecida como Cabeça do Cachorro. Durante a missão, os pilotos contaram com o auxílio de NVGs.