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O estudo divulgado no início de maio pela Liga Insights, braço de conteúdo da Liga Ventures, em parceria com o iDEXO, frente de inovação aberta da TOTVS, e com o InovAtiva, revela que 77% das startups brasileiras estão confiantes que retomarão seus faturamentos em até seis meses, Ao todo, foram entrevistados 234 fundadores e diretores de startups para entender os desafios e impactos encarados pelas startups brasileiras neste momento. Ainda dentre os resultados, destaca-se que 75% das startups não demitiram funcionários no período da pandemia e a média de confiança de retomada é de 8,4.
“Vivemos um cenário desafiador em que as startups foram obrigadas a repensar estratégias, tomar decisões rápidas e adaptar seus negócios para uma nova realidade. O COVID-19 colocou a inovação à prova e, ao mesmo tempo, a tornou ainda mais necessária. Fizemos esse levantamento para entender melhor o cenário e apoiar o ecossistema nos próximos passos”, comenta Vítor Andrade, diretor geral do iDEXO, frente de inovação aberta da TOTVS que gera negócios entre startups e pequenas e médias empresas brasileiras.
A recomendação de isolamento social, iniciada em março de 2020, impactou diretamente o nível de atividade de alguns setores da economia. Segundo o estudo, mais de 40% das startups sofreram reduções maiores que 30% na receita mensal, destacando os setores de RH, Comércio/Varejo e Educacional. Embora o segmento de varejo tenha sido um dos mais impactados neste primeiro momento, é um dos que vê maior perspectiva de aumento do número de clientes, devido a mudança do hábito de consumo que passa a ser remoto por conta do isolamento. Isso gera a oportunidade para digitalização dos players, que encontram nas plataformas online a saída para enfrentar a crise.
“Em uma visão geral, todas as startups sentiram reflexos nas receitas e foram obrigadas a revisar a estrutura de custos. Embora para a maior parte delas o número de clientes tenha se mantido, o impacto na receita mensal representou uma redução de 50% ou mais. Quando analisamos o runway, termo em inglês que designa quanto tempo a startup pode permanecer em operação, considerando o valor disponível em caixa e as despesas mensais, um terço das startups encontra-se em situação de mais urgência, com caixa disponível para até três meses”, comenta Raphael Augusto, diretor de inteligência de mercado da LIGA Ventures.
A fim de prolongar esse valor de caixa e aumentar o fôlego de vida do negócio, o foco tem sido a redução ou cortes de gastos sempre que possível, como por exemplo os custos com escritório, já que o home office se tornou a forma mais eficiente de trabalho durante esse período e, muito provavelmente, no cenário pós-pandemia também. Entre outras medidas adotadas, prazos e contratos acabam sendo renegociados com fornecedores e, em alguns casos, suspensos temporariamente. Em paralelo, o investimento em marketing também sofreu queda, como reflexo das vendas desaquecidas e da paralisação do mercado como um todo.
Já em termos de financiamento, as medidas de crédito ainda não emplacaram como uma alternativa, seja pelas dificuldades dos processos e até mesmo pelas taxas não atrativas ou condizentes com a realidade e perspectivas destes negócios. Mesmo tendo enfrentado significativas reduções de receita, a maioria das startups têm optado por manterem seus colaboradores e evitarem as demissões. O levantamento mostra que um quarto das startups fez cortes ou reduções de jornada neste primeiro mês, enquanto 75% dos entrevistados declararam que estão mantendo ou, até mesmo, aumentando os times. Em alguns casos, a redução da jornada de trabalho se mostra como uma alternativa à demissão e reflete na confiança em uma retomada do mercado em seis meses, para a maioria.
Quando o tema é o futuro próximo, visando a normalidade do setor econômico, 42% entendem que isso deve ocorrer em até três meses. Entretanto, assumindo que a retomada da economia do país ultrapasse esse período, um terço dos respondentes poderia ficar em situação crítica, tendo em vista os dados que apontam o período que conseguem manter as operações ou até quando vai a disponibilidade de caixa. Ainda que o cenário seja de incertezas, os fundadores e diretores de startups demonstram um otimismo frente à pandemia, projetando uma retomada dentro ainda dos parâmetros das suas visibilidades atuais, onde 77% dos respondentes consideram que em até seis meses irão retomar o faturamento médio de antes da crise.
No setor de Logística e Transportes, considerado atividade essencial durante a crise, é o mais otimista dentre os analisados e também o mais crescente, esse percentual é de 90%, enquanto que apenas 53% das HR Techs – startups voltadas para o setor de recursos humanos -, acreditam que a retomada acontecerá em menos de seis meses. A implantação do trabalho remoto, as mudanças em andamento na legislação trabalhista, além da falta de clareza sobre contratações e demissões nos clientes no curto prazo tem tornado ainda mais incerto o cenário para os inovadores em Recursos Humanos.
Já o setor de Saúde foi um dos mais impactados pela pandemia e tem demandado das startups respostas rápidas em um cenário de mudanças aceleradas. Por outro lado, a sobrecarga do sistema de saúde no país vai exigir uma maior capacidade de inovação nos curto e médio prazos, tornando assim um campo fértil para novas soluções.
Quando o tema é o futuro próximo, visando a normalidade do setor econômico, 42% entendem que isso deve ocorrer em até três meses. Entretanto, assumindo que a retomada da economia do país ultrapasse esse período, um terço dos respondentes poderia ficar em situação crítica, tendo em vista os dados que apontam o período que conseguem manter as operações ou até quando vai a disponibilidade de caixa. Ainda que o cenário seja de incertezas, os fundadores e diretores de startups demonstram um otimismo frente à pandemia, projetando uma retomada dentro ainda dos parâmetros das suas visibilidades atuais, onde 77% dos respondentes consideram que em até seis meses irão retomar o faturamento médio de antes da crise.
No setor de Logística e Transportes, considerado atividade essencial durante a crise, é o mais otimista dentre os analisados e também o mais crescente, esse percentual é de 90%, enquanto que apenas 53% das HR Techs – startups voltadas para o setor de recursos humanos -, acreditam que a retomada acontecerá em menos de seis meses. A implantação do trabalho remoto, as mudanças em andamento na legislação trabalhista, além da falta de clareza sobre contratações e demissões nos clientes no curto prazo tem tornado ainda mais incerto o cenário para os inovadores em Recursos Humanos.
Já o setor de Saúde foi um dos mais impactados pela pandemia e tem demandado das startups respostas rápidas em um cenário de mudanças aceleradas. Por outro lado, a sobrecarga do sistema de saúde no país vai exigir uma maior capacidade de inovação nos curto e médio prazos, tornando assim um campo fértil para novas soluções.
O atual cenário das startups no Brasil e no mundo vem aprendendo muito com os desafios impostos por esse momento, desde os empreendedores, passando pelos investidores, clientes, empresas e até mesmos os influenciadores e imprensa. A inovação é um hábito e uma importante aliada que, se praticada com consistência, mesmo em tempos de crise, pode contribuir ativamente para o presente e futuro dos negócios.
Para ter acesso ao estudo completo, https://docsend.com/view/df4tenk” target=”_blank” rel=”nofollow noopener” data-ac-default-color=”1″>clique aqui.
Website: https://insights.liga.ventures/estudos-completos/pesquisa-startups-covid-19/