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Esquadrias, guarda-corpos e fechamentos de varanda arrancados com o vento: qual a opinião dos especialistas?

por admin

Com as tempestades que ocorreram na última semana na região sul e sudeste, surgiram imagens de diversos acidentes em construções. Afinal, o que aconteceu? A norma estabelecida é eficaz ou os produtos não cumpriam as regras de segurança e qualidade? A AFEAL – Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio consultou os maiores especialistas no assunto para analisarem os casos.

 

Para Acir Loredo-Souza, Ph.D, Laboratório de Aerodinâmica das Construções, UFRGSo fenômeno meteorológico em si é algo raro, mas as velocidades dos ventos gerados por ele já estão todas contempladas pela norma e acontecem com certa regularidade. “Os ventos fortes que ocorreram nos últimos dias na região sul são comuns, não é frequente vermos isso acontecer, mas não houve nada de excepcional em termos de velocidades. Grande parte dos problemas que causaram os acidentes com as janelas e fechamentos de sacadas, tenho a impressão forte de que foi mais por falha de projeto do que por velocidade excessiva dos ventos”, afirmou.

 

Maria Angelica Covelo Silva – Engenheira Civil, Mestre e Doutora em Engenharia, Diretora da NGI Consultoria e Desenvolvimento, compartilha da opinião do colega e afirma que a possibilidade de falha técnica é grande. “Foram cenas que denotam uma grande deficiência de conhecimento e medidas que devem ser tomadas nos projetos e na especificação e compra de componentes e sistemas construtivos. Se estes componentes construtivos tivessem sido dimensionados em projetos e por fabricantes, de acordo com as velocidades básicas e condições previstas na ABNT NBR 6123 é seguro dizermos que não teríamos estas cenas”, explica a especialista.

 

A importância do cumprimento às normas

 

A AFEAL é uma grande incentivadora do cumprimento das normas técnicas para a fabricação e instalação de esquadrias de alumínio. “Essa é uma das grandes bandeiras da AFEAL. Estimulamos constantemente nossos associados a cumprirem as normas”, explica o presidente da AFEAL Alberto Cordeiro. “Em nosso documento – Os sete passos para a valorização do fabricante de esquadrias e alumínio, um guia para os associados, cumprimento das normas é o passo número 1”, acrescenta.

 

O consultor em esquadrias Antônio B. Cardoso também destaca a importância do tema. “Evidentemente que devemos incluir a base ‘mãe’ para os ensaios nos produtos, que é a NBR 6123, que estabelece os parâmetros para este tipo de trabalho. Logo, a sua leitura, entendimento, interpretação e uso, se faz obrigatório no setor da construção civil como um todo, e sem dúvida, na obtenção de dados para uso no cálculo estrutural das esquadrias”, esclarece.

 

 

Papel do consumidor

 

Um outro aspecto essencial a ser esclarecido: o consumidor tem também sua responsabilidade para a manutenção do desempenho e da segurança das esquadrias de alumínio. É fundamental que o usuário, no caso dos edifícios, o condômino, utilize sua esquadria de maneira correta e faça periodicamente os ajustes necessários e a limpeza adequada.

 

Uma outra questão importante de responsabilidade do consumidor é quanto às modificações dos sistemas. “Muitas vezes, ele recebe da construtora um sistema dentro de norma, modifica sem a aprovação de um engenheiro ou arquiteto e então o resultado final passa a ser fora de norma. Isso pode acontecer, por exemplo, com a instalação de fechamentos de sacadas em sistemas não preparados ou sistemas fora de norma. Essas mudanças podem ser muito perigosas”, alerta Alberto Cordeiro.

 

Neste sentido, a AFEAL elaborou o “Manual de Uso e Conservação de Esquadrias de Alumínio”, que estará em breve disponível ao público na loja virtual da entidade.

 

 

E a construtora?

 

Outro aspecto a se destacar é o fato de que a da construtora e incorporadora também precisam estar atentas na hora de contratar um projeto de esquadrias. “É fundamental exigir que a norma seja cumprida. Escolha empresas sérias, que sigam os 7 passos recomendados pela AFEAL. A responsabilidade em caso de acidente também pode recair sobre a construtora, então, permaneçam atentos e exijam produtos e instalações que cumpram todos os requisitos das normas técnicas”, finalizou Cordeiro.

 

A análise mais completa dos especialistas está disponível neste link.  

 

 

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Mais informações e imagens à imprensa:

Mariana Vidal [email protected] 11 98330-0224

Bruna Goulart [email protected] 11 96061-0942 /11 4249-5555

Website: http://www.afeal.com.br

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