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Empresa desenvolve tecnologia para combater fraudes nas compras

por admin

Pouco a pouco, o pagamento com dinheiro em espécie no Brasil vai perdendo espaço para as possibilidades virtuais. Segundo um estudo da VR Benefícios, realizado em parceria com o Instituto Locomotiva, as transações realizadas com pagamento digital, como cartões virtuais e QR Code, aumentaram 33 vezes no primeiro semestre de 2022.

Em junho, apenas o código QR concentrou 66% das transações do comércio eletrônico. Apesar dos números positivos, os pagamentos digitais preocupam os varejistas brasileiros, considerando que 75% das empresas do país foram impactadas por fraudes nos últimos três anos, conforme dados do “Relatório Global de Fraude e Risco” da Kroll, empresa de gestão de riscos corporativos.

De forma síncrona, o estudo “Online Payment Fraud Deep Dive Strategy & Competition”, Juniper Research, que cita informações da “Pesquisa Global de Identidade e Fraude 2021” da Experian, prevê que a perda por fraude em transações de comércio eletrônico pode chegar a US$ 52 bilhões (R$ 265,81 bilhões) em 2025.

Neste panorama, uma empresa brasileira desenvolveu uma tecnologia para combater as fraudes nas compras. Paulo Hideki Koga, responsável pela a AxxisPay, sistema de pagamento via QRCode explica que, ao contrário do que se possa imaginar, a tecnologia Axxis não é um sistema antifraude, mas um algoritmo binário comportamental.

“Diferentemente dos sistemas antifraudes que, por exemplo, questionam se uma pessoa está comprando com um determinado cartão, ou não, as informações do algoritmo são totalmente baseadas em inteligência binária comportamental”, informa.

Koga relata que o desenvolvimento da tecnologia surgiu a partir da análise de determinadas vulnerabilidades, como os índices de fraudes de cartões de crédito que, durante a pandemia de Covid-19, cresceram ainda mais devido às restrições dos comércios.

“Procurei entender o que os varejistas precisam saber, o que o cliente leva depois do PDV (Ponto de Vendas) ou do checkout (caixa)”, diz ele. “Percebi que esse tipo de negócio demanda informações mais precisas e inteligência nas compras, além de otimizar os estoques, reduzir capital de giro imobilizado ou, até mesmo, perdas por validade de produtos não trocados pela indústria. Nisto, procurei no mercado, mas não encontrei nada que atendesse a essa necessidade”, complementa.

O responsável pela a Ecomovi Soluções e Serviços em Pagamentos conta que estudou algumas alternativas até que encontrou, em 2015, uma opção que era o QR Code, ainda “desconhecido” no Brasil àquela época. “Vi que o sistema de código foi criado por conta da falta de capacidade de armazenamento de itens. E foi onde verifiquei que ainda hoje, a nível mundial, é utilizada apenas 11% da capacidade de exploração do QR Code”.

Diante desta descoberta, Koga chegou à conclusão que o QR Code poderia ser mais explorado. “A partir daí, fizemos estudos, que levaram meses, até criar o algoritmo para explorar a capacidade, e ‘quebramos’ o código. Assim, nos tornamos a única empresa do mundo a chegar a 42% de capacidade. Com isso, veio toda a parte de segurança e big data para os nossos clientes”.

Na análise de Koga, a adesão a tecnologias pode contribuir para um mercado mais seguro. “A evolução dos algoritmos permite que empresas como bancos, adquirentes, marketplace e bandeiras, com vendas de cartões on-line, zerem as fraudes de cartões nas compras junto aos marketplaces e e-commerces”, afirma.

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