A busca por profissionais de dados já chega a quase 500% no Brasil com salários de até R$ 22 mil, segundo balanço da Intera, startup baiana de recursos humanos, divulgado pelo Canaltech. O levantamento – realizado com 4 mil profissionais, de 34 companhias – revela que a abertura de vagas do gênero no país aumentou 485% no primeiro semestre de 2021 em comparação ao ano precedente.
O mercado de dados, ademais, deve demandar 420 mil novos talentos até 2024. conforme uma estimativa da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Enquanto isso, somente 42 mil pessoas se formam na área por ano no país.
Os indicadores em torno do mercado de dados expõem uma realidade: cada vez mais, as empresas passam a considerar a importância do desenvolvimento de um ecossistema tecnológico que favorece a captação de dados. É o que afirma Pedro Ruibal, CEO da Olga – empresa que atua com Inteligência de dados para restaurantes.
“É importante que as empresas pensem na captação de dados como um pilar das suas operações e que, acima de tudo, criem um ecossistema confortável e interessante para que o cliente se sinta à vontade para fornecer informações”, afirma Ruibal.
Ele destaca que não é incomum, até mesmo em marcas de bastante expressão, a falta de efetividade ou a ausência de ferramentas que coletam e organizam dados corretamente. “Não se preocupar com esta frente impede que a organização seja capaz de conhecer o comportamento de consumo dos clientes e, com isso, as empresas acabam gastando mais e vendendo menos do que poderiam, deixando de lado boas oportunidades”, complementa o especialista.
De acordo com Ruibal, o uso de dados também tem sido aproveitado para a fidelização de clientes: “Cada vez mais, as experiências de consumo são personalizadas em níveis mais profundos e o cliente exige isso das marcas. Novas tecnologias trazem novos canais de venda e relacionamento, novas frentes de captação de dados e, consequentemente, novas formas de impactar o consumidor. É conhecendo seu público que a empresa se torna capaz de mantê-lo por perto, cada vez mais fiel e apaixonado pelo seu produto ou serviço”, expõe.
A título de exemplo, o CEO da Olga cita que a empresa, além da ciência de dados, também desenvolve aplicações de coleta de dados personalizadas para os clientes. “O que acontece é que, muitas vezes, os restaurantes não treinam seus times para isso ou não fornecem nenhuma forma de captação de dados, principalmente hoje em dia em que as plataformas de marketplace detém toda a informação do cliente”.
Além do mais, prossegue Ruibal, muitas empresas criam programas de fidelidade e não incorporam, de fato, a solução ao dia a dia do negócio – e muitos clientes nem sabem da existência desses programas.
Para exemplificar, o empresário menciona um case da Domino’s: “A pizzaria tem uma preocupação com os canais de venda e sempre se preocupa em ter uma experiência de compra versátil. Ela já desenvolveu quinze formas de pedir pizza nos EUA e pretende expandir a transformação digital para todas as lojas do mundo, incluindo o Brasil”, reporta.
“Nos Estados Unidos, 65% dos pedidos são feitos de forma digital. Aqui no Brasil, apenas 15% – elemento que deve receber a atenção da empresa nos próximos cinco anos”, complementa Ruibal, citando informações do CEO da Domino’s Brasil, Kadu Martins, em entrevista publicada pela plataforma de negócios Digitalks.
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