MediaTek prepara o terreno para a Chegada do 6G
A empresa já trabalha em conjunto com parceiros globais no novo padrão, para garantir compatibilidade e novas funções proporcionadas pela tecnologia
São Paulo, 21 de maio de 2025 – Enquanto muitas regiões do mundo ainda estão concentradas em adotar as redes 5G e sua evolução imediata, o 5G Advanced, para a MediaTek o momento já é de pensar na chegada do 6G. A empresa trabalha no momento em conjunto com parceiros locais e globais para garantir que, quando a nova geração de conectividade estiver disponível, suas soluções estejam adaptadas para liderar a evolução do mercado de semicondutores.
Uma das formas com a qual a MediaTek está se adiantando ao futuro é por meio de uma abordagem inovadora: a computação híbrida. “Esta tecnologia integra comunicação e processamento de dados em uma mesma arquitetura, transformando completamente a forma como os dispositivos funcionam”, explica Samir Vani, diretor de desenvolvimento de negócios da MediaTek para a América Latina.

O que isso significa na prática?
Que os dispositivos não dependerão unicamente da nuvem tradicional ou de sua própria capacidade de computação, possibilitando a distribuição dinâmica de tarefas entre o dispositivo, a rede de acesso por rádio (RAN) e a nuvem mais próxima, criando uma “nuvem na borda”.
Este conceito permitiria que a inteligência artificial generativa (Gen-AI), por exemplo, seja executada em tempo real com uma latência ultrabaixa, mantendo simultaneamente altos padrões de privacidade e controle sobre os dados pessoais. Além disso, permite uma programação mais eficiente dos recursos computacionais disponíveis.
Neste contexto, a chegada do 6G poderá expandir os limites do que se pode fazer atualmente, como por exemplo tornar factível tecnologias que hoje estão somente no plano da ficção científica. Isso será possível graças a velocidades que poderiam alcançar a ordem de terabits por segundo e uma latência tão baixa que será medida em microssegundos.
A conectividade massiva para cidades inteligentes, metaversos realmente interativos e sem cortes, ou aulas e cirurgias remotas com presença quase física, são aplicações que o 5G apenas tangencia, mas que com o 6G poderão ser implementadas de forma natural, fluida e sem limitações técnicas.
IA desde a origem
Enquanto no 5G a inteligência artificial (IA) cumpre um papel mais de suporte, no 6G ela será o coração de tudo. Esta nova geração está sendo projetada desde o início com a IA como peça central, o que significa que a rede não se limitará mais a mover dados de um lado para o outro, mas também os entenderá, processará e atuará em tempo real. Será como se a rede pensasse junto com os dispositivos para oferecer respostas mais rápidas, inteligentes e com maior privacidade.
Esta integração entre comunicação e computação não existia no projeto base de 4G ou 5G, e é o que permitirá impulsionar serviços completamente novos, como veículos autônomos que colaboram entre si em tempo real ou cidades inteligentes com inteligência distribuída desde a borda até a nuvem.
Conectividade via satélite de próxima geração quando da chegada do 6G
A MediaTek segue demonstrando porque é um dos grandes players no desenvolvimento de tecnologias de conectividade. Em uma recente exibição, mostrou avanços importantes em 5G-Advanced com redes não terrestres (NTN), uma evolução que busca levar a banda larga muito além das antenas que já conhecemos.
Durante um teste recente com um satélite de órbita baixa da OneWeb e aliados como Eutelsat, AIRBUS, Sharp e ITRI, a MediaTek alcançou uma conexão estável usando tecnologia 5G. O resultado: conectividade global sem interrupções, inclusive a partir do espaço.

Embora esta conectividade via satélite ainda pertença ao ecossistema 5G, ela já nos dá uma ideia clara do que o 6G trará. Com esta nova geração, os dispositivos poderão se mover sem interrupções entre antenas terrestres, balões estratosféricos ou satélites de órbita baixa, mantendo sempre uma conexão estável e sem que o usuário perceba mudanças, o que representaria uma solução eficiente e concreta para levar internet móvel de alta velocidade a zonas rurais, comunidades remotas e regiões onde hoje a cobertura ainda é um desafio. A MediaTek já está abrindo esse caminho, e sua experiência em NTN a posiciona como uma peça fundamental no que está por vir.
Panorama latino-americano terá a chegada do 6G gradual
Embora na América Latina muitas regiões ainda avancem na adoção de redes 4G e a implementação do 5G siga em etapas iniciais, a indústria já começa a olhar para o futuro. “A chegada do 6G não será imediata, mas preparar-se desde agora é ideal para que a região não fique para trás na próxima revolução digital”, comenta Samir Vani, diretor de desenvolvimento de negócios da MediaTek para a América Latina.
Nessa linha, a MediaTek está desenvolvendo uma agenda de seminários e atividades formativas dirigidas ao seu ecossistema de aliados — incluindo fabricantes, operadoras, desenvolvedores e atores do setor educacional e governamental — com o objetivo de fomentar o conhecimento técnico e estratégico necessário para enfrentar os desafios e oportunidades que o 6G trará.
Passos importantes
No entanto, há passos estratégicos que os países podem dar desde já para preparar a chegada do 6G, entre os quais se destacam:
investir na modernização da infraestrutura atual com foco em tecnologias mais avançadas como edge computing ou redes não terrestres;
Fomentar a colaboração entre o setor público, operadoras e empresas tecnológicas para alinhar esforços e investimentos; impulsionar o desenvolvimento de talento humano em áreas como redes, inteligência artificial e processamento distribuído; e estabelecer marcos regulatórios que promovam a inovação tecnológica de forma sustentável.
Em linha com sua visão de um 6G mais sustentável e comprometido com a eficiência energética, a MediaTek também apresentou recentemente uma série de inovações, como o modem M90 5G, com sua tecnologia UltraSave, que investe em um consumo energético mais responsável. A isso se soma uma antena inteligente com IA que adapta o desempenho do dispositivo segundo o ambiente, sem intervenção do usuário.
Fluidez
Quanto à fluidez, suas novas CPEs integram tecnologias como 3TX e L4S, alcançando conexões mais velozes, com menor latência e maior agilidade. Além disso, com o sistema Envelope Assisted RFFE, otimiza-se o uso de energia nos dispositivos, melhorando a cobertura e o desempenho sem comprometer a eficiência. Uma evolução que se nota na experiência e na economia energética.
“Em conjunto, estas tecnologias refletem a aposta da MediaTek em somar esforços com toda a indústria para construir um ecossistema 6G que seja não apenas mais potente e conectado, mas também mais responsável com o planeta”.
Concluiu Samir Vani, diretor de desenvolvimento de negócios da MediaTek para a América Latina.