Com o avanço acelerado da tecnologia, muitas organizações receiam cada vez mais os ataques e invasões cibernéticas, que acabam crescendo no mesmo ritmo da tecnologia, segundo o relatório da Allianz Risk Barometer 2021, da Allianz Global Corporate & Specialty. O levantamento revelou a predominância de interrupções de negócios (41%) seguida de ataques cibernéticos (40%), como sendo as ameaças mais comuns. Em relação ao Brasil, os riscos relacionados aos crimes digitais vêm em primeiro lugar, somando 47%. Com isso, é natural que essa expansão da utilização do espaço virtual gere preocupações ligadas à privacidade na internet, segurança de informação e proteção de dados.
A importância da segurança da informação nas empresas reflete no cuidado com os dados do próprio negócio e na manutenção da segurança deles, o que é primordial para se ter sucesso com a organização, informa Natalia de Souza Rosa Brandino, graduada em Ciência da Computação, com certificação em IT Security Foundations: Networking Security, Cybersecurity with Cloud Computing, IT Security Foundations: Operating System Security, Microsoft Azure: Security Concepts, entre outros.
“Ter o conhecimento de como proteger a informação, conhecer os níveis que são necessários para cada tipo de dados e o que pode ou não ser afetado, diretamente ou indiretamente, faz com que as empresas busquem manter seus dados e informações protegidos”, explica Natalia.
A cientista da computação observa que a segurança da informação atingiu um novo patamar com a entrada em vigor da Lei nº 13.709/18, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD. Criada para regulamentar todas as atividades relacionadas à coleta, armazenamento e tratamento de dados feitos por uma empresa.
Muitos dados, sensíveis, das organizações precisam ficar seguros, diz Brandino, contra fraudes, acessos indevidos de informação e controle de dados. Conhecer e manter organizados os tipos de sensibilidade é de extrema importância para garantir o sigilo e o controle, além do conhecimento de quais setores da empresa podem ter acesso direto ou não. “As atualizações desses acessos ajudam a combater e evitar vazamentos de dados futuros”, lembra a profissional de TI, com conhecimento de SAP, compliance, help desk, ações de networking, security foundations, networking security, cybersecurity e project management.
Uma pesquisa realizada pela Kaspersky mostrou que 73% dos trabalhadores não receberam treinamento de segurança em TI, principalmente, nessa transição para o trabalho remoto devido à pandemia da covid-19, e metade das organizações que permite o uso de equipamentos próprios pelos funcionários não estabeleceu protocolos para isso.
Conforme a especialista, para se manter a segurança dos dados é necessário verificar os acessos, manter senhas sempre atualizadas e verificar os níveis de sensibilidade de dados. Uma gestão de vulnerabilidades minimiza as chances de sofrer ataques digitais.
“Os pequenos detalhes fazem a diferença na prevenção dos dados de segurança da empresa e dos seus clientes. Uma conscientização e treinamento com os próprios funcionários sobre esses tipos de cautelas, instruindo-os com informações, é muito eficiente para o cuidado com os dados da organização, dos clientes e até mesmo com os dados pessoais dos funcionários”, conclui Natalia Brandino, com experiência em elaboração de planejamento estratégico em segurança da informação, marketing digital, auditoria e compliance, e administração.