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CORREIOS já tem mais de 40% paralisados: Greve Nacional

por Agência Canal Veiculação

Apesar da paralisação de funcionários iniciada na noite de terça-feira (15) em diversas regiões do país, os Correios informaram nesta quarta-feira (16) que as agências estão abertas e que os serviços prestados seguem disponíveis, “com exceção dos serviços com hora marcada interestaduais”.

Até as 17h, os estados AM, BA, MG, MT, PA, PB, PI, RJ, RS, SC, SP e TO já registravam paralisações (veja a situação estado por estado abaixo).

“A empresa está tomando as ações necessárias para que haja a completa normalização da prestação dos serviços a seus clientes e a toda a sociedade brasileira no menor prazo possível”, diz o comunicado dos Correios.

Distribuição
Segundo a estatal, a paralisação está concentrada na área de distribuição, atingindo em torno de 34% dos carteiros nas localidades em que há paralisação.

Os Correios afirmam que 90,69% do efetivo está trabalhando — o que corresponde a 108.185 empregados. Do total de 28.569 carteiros que deveriam trabalhar nesta quarta nas localidades em que há greve, 9.750 não compareceram, segundo a empresa.

Movimento de greve dividido
Os sindicatos da categoria estão divididos. Entre os 30 filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), 14 aceitaram a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e 16 rejeitaram.

Entre os sindicatos de trabalhadores que recusaram a proposta e decretaram paralisação por tempo indeterminado estão os de estados como SP, RJ, MG, RS, BA, AM e DF.

Nessas localidades, os Correios informam que estão agindo para minimizar os efeitos da greve como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras.

“Caso haja necessidade, a empresa também pode promover mutirões para entrega nos fins de semana”, informa a estatal.

Negociações
O TST ofereceu aos trabalhadores reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação, sendo R$ 150 em agosto e R$ 50 em janeiro de 2016, o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo).

“Para se ter uma ideia, a remuneração (salário mais adicionais) de um carteiro com dois anos de empresa hoje é de R$ 1.676.34. Pela proposta do TST, em agosto de 2016 esse trabalhador teria remuneração 15,74% maior (R$ 1.940,34)”, informa os Correios.

A proposta do TST inclui ainda manutenção do plano de saúde dos trabalhadores da forma como é hoje e reajuste de 9,56% nos benefícios vale cesta, vale-alimentação/refeição, auxílio para dependentes especiais e auxílio creche/babá a partir de agosto de 2015, entre outros pontos.

Segundo os Correios, a proposta foi aceita por 16 dos 36 sindicatos da categoria: Acre, Pernambuco, Roraima, Goiás, Alagoas, Amapá, Paraná, Rio Grande do Norte, Espírito Santo,Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Maria (RS), Uberaba (MG), Juiz de Fora (MG), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP). Sergipe, embora tenha rejeitado a proposta do TST, não deflagrou paralisação.

Orientações do Procon
Em decorrência da greve dos funcionários dos Correios, o Procon-SP, elenca algumas orientações para o consumidor se precaver. Confira:

– O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não foram prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.

– Em casos de ter adquirido produtos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, essas são responsáveis por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues ao consumidor no prazo contratado.

– Empresas que enviam cobrança por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, como internet, sede da empresa, depósito bancário, entre outras.

– Não receber a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não isenta o consumidor de efetuar o pagamento. Se não receber boletos bancários e faturas, por causa da greve, o consumidor deverá entrar em contato com a empresa credora, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos, negativação do nome no mercado ou ter cancelamentos de serviços.

Situação nos estados

AMAZONAS
Carteiros e servidores das áreas operacionais dos Correios de Manaus entraram em greve nesta quarta. Entre as reivindicações estão reajuste salarial, realização de concurso público, melhorias no plano de saúde e o pagamento do abono salarial no valor de R$ 200 proposto pela empresa quando a categoria entrou em greve em 2014.

Funcionários que aderiram à greve participaram de ato na Praça do Congresso, no Centro da cidade

 

SÃO PAULO
Os trabalhadores dos Correios das cidades de São Paulo, Bauru, Campinas, São José dos Campos e da região do Vale do Paraíba entraram em greve às 22h desta terça-feira (16), após assembleia realizada pela categoria.

De acordo com a Federação Interestadual dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Findect), a paralisação será mantida por tempo indeterminado.

“Recentemente foi aprovado aumento de 30% no salário de outra cúpula da empresa, mas a proposta para a área operacional é de reajuste zero”, disse Douglas Mello, diretor de imprensa do Sintect-SP.

De acordo com Federação Interestadual dos Sindicatos (Findect), 89.439 trabalhadores aderiram a greve, o que corresponde a 75% dos funcionários da área operacional.

Na cidade de Campinas, o sindicato que representa os funcionários dos Correios na área de região (SintectCas) informou que um balanço de adesão e reflexos nos serviços prestados pelas agências e centros de distribuição deve ser divulgado até a manhã de quinta-feira (17). No primeiro dia de protesto, os diretores planejam percorrer os espaços da empresa para mobilizar os funcionários.

No Vale do Paraíba, cerca de 1,3 mil pessoas trabalham nos Correios na região. Na manhã desta quarta-feira, o sindicato ainda não tinha um balanço da adesão à paralisação, mas informou que os serviços na região devem ser afetados, já que as encomendas devem ficar retidas no Centro de Distribuição de São José dos Campos.

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