Estar à frente de um processo de aprendizado que seja eficaz, envolvente e personalizado não é tarefa das mais fáceis. O desafio aumenta quando está atrelado ao almejado momento de obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Neste caso, ter uma visão ampla das limitações e recursos de cada aluno é uma vantagem importante tanto para facilitar o aprendizado quanto para sensibilizá-lo acerca das responsabilidades que terá como condutor. Estas são possibilidades oferecidas pelo simulador veicular, que prepara o candidato antecipando situações antes reservadas apenas à prática. Para apresentar o funcionamento e os diferenciais destes equipamentos, a Mobilis – empresa especializada em simuladores – promoveu em setembro um treinamento para os 32 Centros de Formação de Condutores (CFCs) do estado do Amapá, o que envolveu 64 profissionais, entre instrutores e diretores de ensino.
Segundo Marco Antonio de Oliveira, presidente do Sindicato dos proprietários de CFCs do Estado do Amapá, o treinamento foi decisivo para familiarizar os profissionais com o equipamento. “O simulador é uma ferramenta muito importante nesta relação ensino-aprendizagem e nos auxilia economicamente a poupar o veículo que seria usado nas aulas em via pública. Através dele, o aluno passa a ter mais intimidade com o automóvel”, destaca. No Amapá, as aulas no simulador tiveram início na sequência do treinamento.
Para a profª. Natália Gonçalves, doutora em planejamento de transportes e desenvolvimento urbano, a capacitação dos instrutores tem reflexo direto na formação dos candidatos. “Em alguns casos, o condutor com pouca experiência acaba gastando mais combustível por não saber usar a potência do carro. Esta orientação poderia ser transmitida pelo instrutor a partir do uso do simulador”, exemplifica. Exercitar o tempo de frenagem é outra temática sugerida pela especialista para compor as aulas no equipamento. “Apesar de simples, essa é uma questão que pode evitar acidentes no futuro e é facilmente praticada com o simulador”, avalia.
Com o objetivo de atender às necessidades de cada candidato, a Mobilis desenvolveu seu equipamento com atenção a detalhes essenciais para um aprendizado imersivo e completo. Conforme explica o gestor de operações da empresa, Lee Richard, que conduziu o treinamento em Macapá, um dos exemplos que retrata a preocupação em proporcionar experiências personalizadas é a emissão de um relatório com o desempenho do aluno a cada aula – documento que direciona a atenção do instrutor às habilidades que precisam ser aprimoradas. Outro diferencial que confere ainda mais realismo às aulas no simulador é o Dolby Surround 5.1, que distribui os efeitos sonoros por todo equipamento. “Além deste recurso, o realismo também é colocado em foco com a possibilidade de optar entre os motores 1.0, 1.4 e 1.8. Nosso software permite essa variação com todos os detalhes que permeiam a mudança de potência de um carro de passeio de verdade e agrega valor à experiência”, acrescenta.
Richard diz que treinar esses profissionais esclarece o papel do equipamento como intermediador entre a teoria e a prática. “Os instrutores notam, por exemplo, que ao passar pelo simulador, o candidato fica mais maduro para prática, uma vez que já interagiu com os comandos do veículo e deixa de sentir aquela estranheza do primeiro contato com ele”, avalia. Um dos comentários que chamou a atenção do gestor durante a capacitação foi direcionado à abrangência de cenários que integram as aulas simuladas e que, em alguns casos, extrapolam a realidade cotidiana do aluno. “Alguns instrutores elogiaram as aulas propostas em regiões montanhosas, cenário que não faz parte do repertório de quem mora no Macapá, sendo mais um diferencial no aprendizado. Com isso, o aluno fica mais preparado para dirigir em diferentes condições”, garante.