Virou rotina. Todos os dias, pode-se acompanhar na TV o balanço de casos de Covid-19 e da campanha de vacinação contra a doença. Os números são grandes para uma doença grave. Mas representam uma pequena amostra de um universo muito maior de informações coletadas a cada minuto por clínicas, hospitais e serviços de saúde públicos e privados do país. Diagnósticos, tratamentos, perfis de pacientes, realização de exames. Basta um pequeno resfriado para que dados se propaguem pelos sistemas de informação das Unidades de Saúde. Neste caso, contudo, a disseminação pode ser muito bem-vinda.
O tratamento estratégico de grandes quantidades de informações, chamado de Business Intelligence (“Inteligência de Negócios”, em tradução livre), pode levar a melhorias no atendimento dos pacientes e a melhores resultados nos negócios na área da saúde. A função do BI é coletar, analisar e monitorar dados gerados por uma empresa ou entidade pública para dar suporte a melhores decisões de gestão.
“Com a implementação do BI nas empresas de saúde é possível acompanhar em tempo real o prognóstico das doenças e traçar planos para contenção e tratamento sem atrasos”, exemplifica Edson Campana Rezende, da Lean Solutions, empresa que realiza consultoria em Business Intelligence. Ele conta que diversas empresas têm utilizado as ferramentas de BI para a identificação de estratégias de ação contra diferentes doenças. “Caso importante é a pandemia de Covid-19: essas análises permitiram encontrar focos da patologia com mais assertividade, permitindo o tratamento precoce com medidas de contenção”, explica o especialista.
O uso estratégico de dados
O que está causando longas filas de espera nas clínicas? A realização da triagem de pacientes está sendo eficaz? Quantos faturamentos não foram realizados porque informações sobre um atendimento não bateram com o catálogo de serviços de um plano de saúde – a famosa “glosa”? Os pacientes estão satisfeitos com o lanchinho oferecido após fazerem exame de sangue? Quando o centro de saúde usa de forma estratégica as informações que possui, quem responde essas perguntas são os dados.
Ocorre que o uso de informações em centros de saúde não é tão trivial quanto possa parecer. Afinal, ao contrário de outros ramos de negócios, a especialidade dos profissionais da saúde é o tratamento de seus pacientes, e não a manipulação de números. É por isso que a inexistência de uma cultura de uso de dados em clínicas e hospitais costuma ser apontada como uma barreira para a incorporação do BI nesses estabelecimentos. Contudo, grande parte das resistências parecem já ter sido quebradas. Uma pesquisa feita pela APM (Associação Paulista de Medicina) mostrou que 9 em cada 10 médicos afirmaram aprovar o uso da tecnologia digital na medicina.
Segundo Rezende, a cultura de uso e análise de informações está cada vez mais presentes na área da saúde. “Embora pareça algo utilizado apenas por grandes empresas globais, diversas empresas do setor de saúde no Brasil desenvolveram painéis para investigação e gestão da sua equipe médica. Isso torna visível e claro todas as etapas do processo de identificação, tratamento, acompanhamento e liberação do paciente”, afirma.
Mas não basta ter dado. É necessário saber utilizá-los de forma rápida e estratégica. As empresas de saúde que buscam incorporar o uso de informações não ficam sozinhas nessa empreitada. Existem softwares potentes que realizam grande parte do trabalho de forma precisa. E empresas que oferecem treinamentos corporativos em Business Intelligence, como a Lean Solutions.
Além de uma necessidade do presente, as ferramentas de Business Intelligence podem ter diversas aplicações na área da saúde no futuro próximo. As inovações vão desde laudos médicos digitais até a análise de dados gerados por inteligência artificial.
“Tornou-se mais comum o compartilhamento das pesquisas biológicas em grandes bancos de dados tratados por meio da Business Intelligence. Laboratórios e centros científicos possuem mais informações sobre as respostas fisiopatológicas, permitindo que o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e soros se tornem cada vez mais rápidos e com boas taxas de efetividade. Insumos de saúde que antes demoravam anos para serem desenvolvidos e testados conseguem ser aprimorados em poucos meses”, exemplifica Rezende. Bem treinada e paramentada em Business Intelligence, uma unidade de saúde está pronta para tratar bem os seus dados.
Para saber mais, basta acessar o site: www.leansolutions.com.br
Website: http://www.leansolutions.com.br