O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira que a Apple e a Foxconn vão produzir o computador tablet iPad no Brasil até o final de novembro deste ano.
O anúncio de Mercadante acontece em meio à viagem da presidente Dilma Rousseff à China nesta semana. Mais cedo, a presidente afirmou que a Foxconn, que fabrica produtos da Apple em regime de terceirização na China, estuda investimento de US$ 12 bilhões no Brasil para a produção de telas para produtos como computadores tablet e celulares.
“Tem que ser detalhado agora as condições (em que se dará a produção do iPad), onde que vai ser, logística”, disse Mercadante a jornalistas. Oassunto, segundo o ministro, está sendo estudado por um grupo de trabalho que envolve os ministérios da Fazenda, de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES).
Sobre o investimento de US$ 12 bilhões da Foxconn, Mercadante comentou que “a gente conversa com eles há 3 meses. Ainda não estão concluídas as negociações, mas estou confiante.” Representante da Apple não estava imediatamente disponível para comentar o assunto. A Foxconn no Brasil informou que não tinha informações sobre investimentos.
A presidente Dilma também se manifestou sobre os investimentos com jornalistas. “Temos uma ampla variedade de investimentos, que vão de 300, 400 milhões de dólares até 12 bilhões de dólares ao longo de cinco a seis anos, no caso da Foxconn”, falou.
No Brasil, a Foxconn iniciou as suas atividades em 2005, em Manaus (AM), com a fabricação de celulares. Atualmente a empresa emprega cerca de 4,3 mil funcionários. Além da unidade em Manaus, a empresa tem fábricas em Jundiaí e Indaiatuba em São Paulo, produzindo máquinas fotográficas digitais, computadores portáteis e de mesa e placas-mãe para empresas como Dell, Sony, HP e Sony Ericsson.
A Foxconn afirma que tem expectativa de elevar seu quadro de pessoal em 30% até o final do ano “com o crescimento dos negócios existentes e também com a vinda de novos negócios”.