Home Negócios Taxa Selic deve se manter alta nos próximos meses

Taxa Selic deve se manter alta nos próximos meses

por admin

Durante os dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano ocorreu a 252ª reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central do Brasil), que decidiu manter a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) no atual patamar de 13,75% ao ano. A ata foi publicada no dia 7 de fevereiro no site do BC, dividida em quatro tópicos: atualização da conjuntura econômica e do cenário do Copom; cenários e análise de riscos; discussão sobre a condução da política monetária; e a decisão de política monetária.

A Selic é a taxa básica de juros, que influencia outras taxas como empréstimos, financiamentos e aplicações. Ela faz parte da estrutura do mercado financeiro e quem gerencia e controla é o Banco Central, por meio do Copom (Comitê de Política Monetária), que tem o objetivo de implementar a política monetária, estabelecer a meta da Taxa Selic e analisar o relatório de inflação.

Na justificativa de manter a taxa de juros, o Copom diz no 30º parágrafo, que entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, reafirma o órgão o seu compromisso com os brasileiros.

Os impactos da taxa Selic

Para Luciano Bravo, CEO da Inteligência Comercial e Country Manager da Savel Capital Partners, o Banco Central vai manter ou aumentar a taxa Selic nos próximos meses. “Acreditamos e vemos isso como uma estratégia natural, uma vez que é a mesma estratégia dos demais países do mundo”. Na atualização da conjuntura econômica e do cenário do Copom, o primeiro parágrafo analisa os acontecimentos em outras nações.

Segundo o documento, o ambiente externo segue marcado pela perspectiva de crescimento global abaixo do potencial no próximo ano. A flexibilização da política de combate à Covid-19 na China, um inverno mais ameno na Europa e a possibilidade de uma redução gradual no crescimento nos Estados Unidos suavizam a desaceleração econômica global esperada para os próximos trimestres em função do aperto das condições financeiras nas principais economias.

A Selic é a taxa que rege todo o país, ela serve para conter a inflação, serve como base para as demais taxas é a base para o rendimento dos investimentos, explica Luciano Bravo. Ele comenta que, para a sociedade, ela afeta diretamente no poder de compra e na alta do crédito, que faz com que a população diminua as compras. Ou seja, quando a taxa Selic sobe, ocorre um aumento nos juros de financiamentos, empréstimos e cartões de crédito.

Os passos futuros da política monetária

No documento da Ata do Copom, o órgão diz que segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da Selic por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação. O comitê do BC analisou um cenário alternativo com juros estáveis ao longo de todo o horizonte relevante, no qual as projeções de inflação situam-se em 5,5% para 2023, 3,1% para o terceiro trimestre de 2024 e 2,8% para 2024.

“O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, diz trecho do 31º parágrafo se referindo ao encontro dos dias 6 e 7 de dezembro de 2022.

Com a taxa Selic nestas condições fica cada vez mais necessário o empresário procurar novas alternativas de crédito, analisa o CEO da Inteligência Comercial. Bravo diz que os empréstimos e financiamentos estão se tornando muito caros no país. “Internacionalizar a sua empresa é uma grande alternativa para ter acesso a crédito nos EUA e Europa com taxas menores e elevar seu negócio a outro patamar no Brasil”, explica.

A ata finaliza com o comitê enfatizando que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e o órgão do Banco Central não vai hesitar em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

Você também pode gostar

Deixe um Comentário

Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Aceito Mais informações