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Setor de joias tem recuperação de 50% em 2021

por admin

Passada a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, o setor de joias e bijuterias brasileiro apresenta resultado positivo. A informação é de um estudo realizado pela Geofusion, empresa de inteligência geográfica, com base em dados das oito maiores cidades do país: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Curitiba (PR) e Manaus (AM).

Segundo o balanço, São Paulo, Curitiba e Salvador atingiram uma recuperação superior a 50%, liderando o faturamento que passou de R$ 5,4 bilhões em 2020 para R$ 8,1 bilhões em 2021. A pesquisa demonstra que a classe A é a maior consumidora do segmento, sendo que as cidades com maior acumulado de compras por esta camada social são Brasília (71%), São Paulo (67%) e Rio de Janeiro (56%).

Gustavo Coelho, empreendedor do ramo de pedras preciosas, construção e infoprodutos que atua nos Estados Unidos, avalia de forma positiva a recuperação do setor no país. “Os dados demonstram que, apesar de um ambiente econômico ainda frágil, o setor de joias brasileiro tem perspectiva de aquecimento, o que, inclusive, é favorável para negócios com outros países”.

O empreendedor destaca que o segmento se mostrou forte mesmo durante o período de crise sanitária: “em todo o mundo, quando as joalherias fecharam as portas por conta das medidas de quarentena e isolamento social, os consumidores não deixaram de comprar, mas migraram para plataformas digitais”.

Com efeito, as vendas on-line de produtos como bolsas, joias, vinhos e sapatos estiveram em alta durante o confinamento e podem representar 30% do mercado até 2025, segundo pesquisa da consultoria Bain & Company.

Brasileiro conta como é empreender no setor de joias nos EUA

Coelho afirma que há algumas diferenças entre o mercado de pedras preciosas no Brasil e nos Estados Unidos. “Aqui estão os consumidores que vão comprar as gemas que vêm do Brasil e do mundo. É bem comum que uma pedra, extraída por um preço ‘X’, seja vendida no Brasil por um valor três vezes maior e acabar sendo exportada para os Estados Unidos por uma cifra dez vezes superior ao valor original”, explica.

Na visão do empreendedor, “as melhores pedras vêm de países como Madagascar, Colômbia e Tajiquistão, sem falar do Brasil, que é um dos maiores produtores em gemas coloridas e as famosas turmalinas paraíbas – a pedra mais cara do mundo”. Descoberta na década de 1980 na região do Seridó, entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte, a turmalina paraíba é uma das pedras mais raras do mundo: um grama pode chegar a ser vendido a R$ 4,5 milhões.

Para Coelho, o idioma está entre os principais desafios para um brasileiro empreender no ramo nos EUA. “Como qualquer negócio no exterior, é necessário falar inglês e conseguir uma boa localidade de influência. O mercado é muito fechado, não há oportunidade para todo mundo, você tem que ter condições de girar junto com o mercado de gemas e ter liberdade geológica, poder se locomover livremente. Eu, quando viajo, fico meses fora de casa, aguardando o fechamento de uma venda ou a chegada de uma mercadoria”.

O empreendedor destaca que, com a “bagagem” de uma atuação no exterior, é possível trazer o know-how – habilidade obtida pela experiência ou saber prático, em português –  adquirido para voltar a atuar no país. Segundo o Itamaraty, 45% dos brasileiros que têm uma empresa no exterior estão nos Estados Unidos – cerca de 9 mil pessoas, segundo os últimos números divulgados.

Coelho considera que, para um empreendedor do ramo de pedras preciosas, o principal aprendizado que se tem fora é o contato com a tecnologia para a extração e lapidação das gemas. “Quando eu morava no Brasil, há três anos, usava máquinas ultrapassadas e nem sabia. Quando cheguei aos EUA, vi que eles estão muito à frente – tanto no manuseio das gemas como na venda. Não só aqui, na China também. Portanto, para empreender no setor é preciso uma aprendizagem constante”, finaliza.

Para mais informações, basta acessar: https://www.instagram.com/mr.gcoelho/

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