De acordo com declaração de 2020 do Procon-SP (Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor), o atraso ou a não entrega de produtos ainda é a principal reclamação feita por consumidores de e-commerce. Lembrando que o descumprimento por parte do fornecedor dá ao cliente o direito de exigir a entrega dentro dos termos da oferta, aceitar outro produto ou serviço equivalente ou desistir da compra com restituição do valor monetariamente atualizado, em concordância com o artigo 35 do Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, é fácil perceber que o avanço tecnológico e o acesso instantâneo a informações dos mais variados tipos pela Internet deixaram o mundo impaciente. Se a comida pedida pelo aplicativo de delivery atrasa alguns minutos, se a página do navegador demora para carregar ou a fila do mercado não anda, com certeza existem pessoas batendo o pé esperando que tudo corra mais rápido. Por que seria diferente na entrega de produtos para os consumidores finais?
Em um mundo em que o tempo vale mais que ouro e a competitividade do mercado engole negócios fora do ritmo acelerado, a gestão de prazos de entrega é fator crucial quando o assunto é satisfação do cliente. Isso quer dizer que quanto menor a janela de tempo entre o momento do despertar do desejo ou da necessidade no consumidor e a chegada do produto em suas mãos, melhor será a sua experiência de compra. Esse conceito explica a maior preocupação em investir em planejamento logístico nos últimos tempos, sentida tanto pelas organizações privadas quanto públicas. Tito Queiroz, diretor do Departamento de Política e Planejamento Integrado do Ministério da Infraestrutura, afirma que a área de transporte brasileira precisa em torno de R$ 8 bilhões em investimento, valor levantado no Plano Nacional de Logística (PNL) 2035 ainda em desenvolvimento, segundo ele.
Já no caso das empresas, para que o plano de distribuição não sobrecarregue a rotina naturalmente corrida, é muito comum a contratação de especialistas, como a Costa Brasil – focada em Operação de Transporte Multimodal (OTM). E para esclarecer aspectos importantes sobre inteligência logística dentro do processo de entrega de produtos, Alessandro Baamonde, Gerente Nacional de Vendas da Costa Brasil, diz que o ponto-chave da pontualidade são os procedimentos operacionais, ou seja, o cuidado em cumprir os prazos determinados em todo o percurso, como carregamento, paradas para abastecimento e armazenamento, para que, no fim, o consumidor receba o produto em tempo.
Esse compromisso faz parte de uma boa gestão, responsável por fidelizar cada vez mais clientes, que certamente compartilharão sua boa experiência com outros potenciais consumidores, gerando, assim, um buzz marketing bem efetivo. Portanto, sabendo da importância do cumprimento dos prazos e que nem tudo sai conforme planejado, um plano de ação considerando possíveis imprevistos é muito bem-vindo, afinal, neste segmento, os imprevistos são previstos. Ele deve orientar a solução para esses eventuais problemas no menor tempo possível, criando uma blindagem contra episódios inesperados, mas que podem, sim, acontecer.
Alessandro Baamonde explica que a operação de transporte multimodal traz um efeito positivo na previsão de entrega, pois cria opções de envio da carga caso aconteça algum imprevisto em um dos modais. “Os clientes cada vez mais cobram pontualidade nas operações, as empresas querem reduzir seus estoques e trabalhar cada vez mais no just in time pela competitividade de mercado”, acrescenta o gerente defendendo a tendência de investimento em logística de qualidade.
E para que os comércios eletrônicos aprimorem seu sistema de distribuição, Alessandro aconselha ao máximo a otimização de rotas: buscar reunir cargas com a mesma região de destino final a fim de reduzir custos de transporte e respeitar os prazos com maior exatidão.
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