O Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil completa em 2023 duas décadas de criação, sendo hoje a terceira maior rede local do mundo, com mais de 1,5 mil membros, e líder do Conselho das Redes Locais na América Latina. Ao longo destes 20 anos, mais de 40 projetos foram implementados, relacionando o mundo empresarial à sustentabilidade.
De acordo com a organização internacional, o Pacto Global se trata de uma plataforma que reúne o setor corporativo para uma atuação visando ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), tanto na evolução dos modelos de negócios quanto na implementação de iniciativas em parceria.
Esses projetos envolvem temas como água e saneamento, alimentos e agricultura, energia e clima, direitos humanos e trabalho, anticorrupção, engajamento e comunicação, uma vez que tais assuntos estão ligados à agenda dos ODS e às práticas ESG – sigla para ambiental, social e governança.
O Pacto Global no Brasil chama a atenção também para a Ambição 2030, uma ação de sustentabilidade corporativa, com adesão gratuita, que reúne movimentos que atuam de acordo com os princípios da iniciativa de sustentabilidade e empresas que reconhecem a urgência da necessidade de promover ações concretas, com metas e compromissos públicos.
O fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), Daniel Maximilian Da Costa, ressalta a importância e o peso do Pacto Global no Brasil para a América Latina, dado o incentivo que os compromissos firmados, ao longo destes 20 anos, deram à busca da sustentabilidade.
Por sua vez, ele pontua que o mundo corporativo deve estar mais atento às iniciativas como a Ambição 2030, para que mais organizações possam colaborar na força-tarefa que visa ao alcance de metas, especialmente as presentes na agenda dos ODS.
“Tendo como base o Observatório 2030, o número de colaboradores treinados em anticorrupção nas empresas passou de 43,24%, em 2018, para 59,90%, em 2020. No entanto, quando falamos em compromissos de raça e mulheres e mitigação de emissão de gases, os resultados não são positivos. E essa lacuna envolve não apenas o líder empresarial, mas chega também aos grupos de interesse, fornecedores e, inclusive, clientes”, conclui.
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