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Novo relatório do IPCC enfoca as mudanças climáticas

por admin

O primeiro encontro oficial da ONU para discutir a preocupação com o meio ambiente aconteceu em 1972. Conhecida como Conferência de Estocolmo, foi o primeiro evento organizado pela Organização das Nações Unidas para discutir questões ambientais de maneira global.

“Nos anos 1990, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), recém-criado pela ONU, já citava e enfatizava que as emissões gasosas nocivas deviam diminuir muito para que o clima mundial não sofresse alterações catastróficas”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O IPCC é o órgão de ciência climática com mais autoridade no mundo. Seus relatórios já são baseados na ciência climática revisada por pares, e passam por uma camada adicional exaustiva de análise e síntese.

Desde a publicação do último relatório de avaliação do IPCC (AR5) e mesmo do relatório de 2018, novos modelos climáticos, métodos e pesquisas melhoraram significativamente a compreensão dos cientistas sobre como as atividades humanas estão impactando o clima e conduzindo eventos climáticos extremos globalmente.

No último dia 9 de agosto, o IPCC divulgou o relatório sobre as mudanças climáticas e o impacto negativo que está acontecendo. Segundo o relatório, muitas das mudanças observadas no clima não têm precedentes em milhares, senão centenas de milhares de anos, e algumas das mudanças já estão em movimento. O aumento contínuo do nível do mar poderá ficar irreversível ao longo dos anos.

O novo relatório afirma que há provas inequívocas de que os gases de efeito estufa estão impulsionando uma taxa sem precedentes de aquecimento global. Este aquecimento está alimentando condições climáticas extremas, incluindo ondas de calor, inundações, ciclones e chuvas intensas em todo o mundo, enquanto o oceano está se tornando mais quente, menos oxigenado e mais ácido. Alguns desses eventos provavelmente seriam impossíveis sem a mudança climática.

Há menos dados climáticos e meteorológicos do sul global e, como resultado, os cientistas estão menos confiantes sobre as mudanças em algumas partes do mundo. Isto não significa que não haja impactos lá, ou que eles não sejam causados pelas mudanças climáticas.

Segundo Helen Mountford, vice-presidente de Clima e Economia do World Resources Intitute (WRI), se este relatório do IPCC não o assustar ao ponto de agir, deveria. “O relatório elabora um quadro muito sério do mundo implacável e inimaginável que nos espera se nosso vício em queimar combustíveis fósseis e destruir florestas continuar. Uma das conclusões mais impressionantes é que podemos atingir 1,5°C de aquecimento uma década antes do que o IPCC havia previsto anteriormente”, enfatiza.

“Os 17 ODS são desafiadores, sem dúvidas, mas possíveis e essenciais. Devem estar entre as prioridades do setor empresarial. Só assim avançará em questões fundamentais para a sociedade”, salienta Vininha F. Carvalho.

A sustentabilidade no seu sentido mais amplo, envolvendo Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção, é hoje um ativo para o setor empresarial. Com este viés, a Rede Brasil do Pacto Global, terceira maior rede da iniciativa no mundo, com mais de 1.300 membros, está desenvolvendo uma série de iniciativas para engajar, cada vez mais, entes corporativos a atingir os 17 Objetivos

“No Brasil, o crescente número de signatários do Pacto Global da ONU mostra a maturidade de boa parte dos meios produtivos para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, ressalta Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.

O “Ambição pelos ODS” (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) é a jornada em sustentabilidade do Pacto Global, que desafia e apoia as empresas a aumentarem o nível de ambição para o alcance dos objetivos. Trata-se de um programa global, que foi executado simultaneamente em 30 países, de janeiro a julho de 2021. No Brasil, o Programa foi executado com o apoio da Falconi e, globalmente, com o apoio da Accenture e SAP.

“O último relatório do IPCC sugere que esta década é nossa última chance para adotar as medidas necessárias para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. Se não houver um esforço coletivo para reduzir de forma rápida as emissões de gases de efeito estufa até o fim da década, essa meta ficará fora de alcance e todos irão sofrer as graves consequências”, finaliza Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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