O setor de compras de uma empresa se torna cada vez mais estratégico para os negócios, a importância de ter a visibilidade dos projetos e da cadeia de suprimentos, dos gastos e dos serviços, diferenciam as organizações que se mostram mais resilientes e ágeis para reagir às mudanças impostas pelo mercado, segundo o estudo Agile Procurement Insighs conduzido pela SAP SE (NYSE: SAP) em colaboração com a Oxford Economics. De acordo com o levantamento, feito com mil gestores de compras, em 21 países incluindo o Brasil, mostra que as estratégias para se manterem no mercado são diversas, 23% das áreas de procurement (compras) e cadeia de suprimentos contam com uma visão clara, automática e em tempo real das despesas em geral, 49% analisam dados manualmente para fundamentar a tomada de decisão e 10% fizeram investimentos maiores na transformação digital da área de procurement e registraram mais benefícios.
Diariamente gestores ou engenheiros de compras se veem diante dos desafios que surgem na busca por objetivos, frequentemente, conflitantes de encontrar simultaneamente qualidade, serviço e preço ideais dos produtos na área industrial, afirma Rafael Luiz Koch, Lead Commodity Buyer, graduado em Engenheira Mecânica com certificação Internacional em Supply Chain Procurement, com foco em engenharia de compras no setor industrial.
A resposta mais convencional diante da questão sobre qual é o objetivo da compra, Rafael informa que é um somatório de itens como: obter os produtos e serviços exatos, na hora certa, nas quantidades adequadas, entregues no lugar planejado, pelo preço justo e com boa qualidade.
A estratégia de compra tática no setor industrial, ou em qualquer setor, é a mais adequada para se comprar bens e serviços não estratégicos, diz o engenheiro de compras, com baixo risco de fornecimento, ampla disponibilidade e preço baixo, muitas vezes até mais negociáveis. Esses bens e serviços também são os principais candidatos para leilões e compras pela internet.
Conforme o especialista, as grandes indústrias passaram a mudar a função de compra do implementador tático, que adicionava só pedidos de compras, para uma função de maior responsabilidade, com tomada de decisão. Sendo assim, Koch esclarece que não só a disponibilidade e o preço do produto têm valor, mas a estratégia como um todo, oferecendo ao profissional uma melhor oportunidade de contribuir com a empresa.
Historicamente, lembra o engenheiro, a compra tática insistia apenas em preços baixos e nas atividades nas quais se concentravam as transações, ou seja, o de fazer o pedido, receber as peças e repassá-las.
“Atualmente, as empresas se concentram não apenas nos preços, mas também em trabalhar com fornecedores que colaborem em encontrar soluções para otimizar custos, incluindo análise de valor e aquisição estratégica, que é muito necessário”, explica Rafael, com atuação na área de procurement, supervisionando compras de produtos e serviços técnicos para operação industrial.
Em uma abordagem mais estratégica, Koch menciona que o profissional de compras precisa construir um relacionamento de longo prazo com o máximo de fornecedores confiáveis para, assim, reduzir o custo total de propriedade e melhorar a inovação. Ele também observa que o foco diferente pode encontrar resistência dentro da empresa, e o departamento de compras pode exigir uma mudança de orientação.
De acordo com o levantamento do estudo Agile Procurement Insighs, 92% dos líderes visionários disseram que usam uma rede de colaboração com fornecedores, em comparação com 69% dos outros participantes da pesquisa. Além disso, 76% desses líderes disseram que dão aos fornecedores críticos visibilidade sobre as futuras demandas por seus produtos, em comparação com 44% dos outros participantes.
“As responsabilidades estratégicas de compras, no setor industrial, continuam a se expandir na cadeia de suprimentos à medida que a terceirização, a globalização e o gerenciamento da cadeia de suprimentos têm aumentado a importância dentro das organizações”, conclui Rafael Koch, com experiência em compras, sourcing, estratégia de segmento, projetos, desenvolvimento de fornecedores e produtos e com negociações locais e globais.
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