O Sistema de Consórcios encerrou 2022 quebrando recordes em diversos indicadores, reafirmando sua importância na economia. Depois de atravessar o ano com turbulências nas economias nacional e internacional, bem como na política que, aliadas às consequências da pandemia, influenciaram diretamente os resultados do cenário econômico do país.
Presente nos mais diversos segmentos, a modalidade consórcio, alternativa planejada para quem deseja adquirir bens móveis e imóveis e contratar serviços, proporcionou a concretização de inúmeros objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresariais.
De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 3,93 milhões de novas cotas, um recorde histórico. Cresceu 13,6% sobre as 3,46 milhões de adesões de 2021.
No total anual das vendas, a distribuição setorial ficou assim: 1,50 milhão de adesões de veículos leves; 1,22 milhão de motocicletas; 645,01 mil de imóveis; 302,73 mil de veículos pesados, 199,92 mil de eletroeletrônicos; e 63,85 mil de serviços. A média mensal de 327,80 mil, anotada nos doze meses, foi 13,6% acima da obtida no mesmo período de 2021, quando chegou a 288,33 mil vendas.
Os negócios acompanharam o aumento e também bateram recorde. Atingiram a marca de R$ 252,09 bilhões, 13,4% acima dos R$ 222,26 bilhões anteriores, no mesmo período.
Um registro especial esteve nos 9,41 milhões de participantes ativos, volume recorde e crescente, mês a mês, durante 2022. Encerrou dezembro com 12,4% acima dos 8,37 milhões de consorciados, alcançados naquele mesmo mês de 2021.
Paralelamente, em 2022, o acumulado de contemplações, momento em que os consorciados podem utilizar seus créditos para a aquisição de bens e serviços, chegou a 1,52 milhão, 8,6% acima das 1,40 milhão de 2021. Os consorciados contemplados tiveram R$ 69,14 bilhões em créditos concedidos, potencialmente injetados na economia, 5,2% superior aos R$ 65,72 bilhões de um ano antes.
No volume de consorciados contemplados de janeiro a dezembro, 1,52 milhão, incluem-se: os 671,77 mil de motocicletas; 590,59 mil de veículos leves; 94,51 mil de imóveis; 64,13 mil de veículos pesados; 50,73 mil de eletroeletrônicos; e 48,20 mil de serviços. A média mensal chegou a 126,67 mil, 8,5% acima do atingido no ano passado, com 116,74 mil contemplações.
“No fechamento anual, comparado a 2021, o mecanismo trouxe números positivos. Ao considerar em sua essência os fundamentos da educação financeira, o consórcio tem demonstrado, desde 1962, que, com planejamento, é possível aos consorciados evoluir patrimonialmente e melhorar a qualidade de vida”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
“O Sistema de Consórcios provou estar, cada vez mais, presente na cultura financeira do consumidor”, destaca Rossi. “Com mais conhecimento, o consumidor gere suas finanças de forma responsável, sem imediatismos, e finanças equilibradas significam mais qualidade de vida com constantes conquistas”, completa.
O tíquete médio de dezembro foi R$ 59,56 mil, ao assinalar retração de 11,9% sobre o mesmo de 2021, quando era R$ 67,64. A redução ratificou o interesse do consumidor por cotas de menor valor, com parcelas acessíveis ao bolso, provocando, na razão inversa, crescimento dos negócios realizados em 2022.
Nos doze meses de 2022, o Sistema de Consórcios esteve presente em investimentos econômicos, com a aquisição de bens e serviços que tem por objetivo gerar renda, como os imóveis para aluguel, por exemplo, e também no consumo. Mostrou, ao dar sua contribuição para os mais variados setores da economia, que é um mecanismo fundamental para o desenvolvimento do país.
Durante 2022, a participação dos consórcios na economia brasileira pode ser avaliada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos, por exemplo, nos mercados de veículos automotores e imobiliário. No acumulado de janeiro a dezembro, o Sistema de Consórcios assinalou 34,9% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. Enquanto no setor de motocicletas, houve 49,5% de potencial participação, no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 34,3%, no mesmo período.
No segmento imobiliário, somente de janeiro a novembro, as contemplações representaram potenciais 12,5% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.
Nos 9,41 milhões de participantes ativos, a modalidade registrou alta de 53,5% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 41,7% nos veículos pesados; 21,1% nos imóveis; 10,7% nas motocicletas; 6,1% nos veículos leves; e 2,8% nos serviços.
A participação de cada segmento no total de cotas ativas ficou assim distribuída: 45,0% nos veículos leves; 27,7% nas motocicletas; 15,2% nos imóveis; 7,0% nos veículos pesados; 3,0% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,1% nos serviços.
Ao término de 2022, a economia brasileira apresentou, ainda em estimativas, resultados dentro do esperado, considerando o comportamento mês a mês e as dificuldades enfrentadas, com o PIB situando-se em prováveis 2,9% de elevação.
A inflação fechou em 5,79%. Para combatê-la, a taxa de juros básica da economia, a Selic, encerrou 2022 em 13,25% ao ano. Outro fator que interferiu para uma retomada mais vigorosa da economia foi a escassez de insumos, com o desequilíbrio provocado pela pandemia. Já a reação no mercado de trabalho foi positiva, com melhoras nos níveis de emprego. Por fim, tivemos oscilações do dólar, que pressionaram diretamente os preços finais do agronegócio, energia e combustíveis. Apesar de todas essas variáveis, verificamos que o Sistema de Consórcios continuou sua trajetória de crescimento.
Ao projetar os negócios para o ano que está iniciando, o presidente da ABAC explicou que “em 2023, com novos governos federal e estaduais, bem como novas composições do Congresso Nacional e das Assembleias Estaduais, acreditamos que será possível obter resultados semelhantes ou até maiores que os alcançados em 2022. Enquanto as boas perspectivas se apoiam na conscientização do consumidor sobre o planejamento financeiro, independente dos rumos econômicos do país e da economia internacional, o Sistema de Consórcios sempre se apresentará como uma opção criativa, racional e segura para consumidores e investidores”.
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