Os recentes conflitos no Mar Vermelho têm impactado nos preços do frete marítimo global, resultando em um aumento de aproximadamente 179%.
Os dados são da plataforma Freightos Data. Os tempos de navegação e, portanto, de entrega das mercadorias, também aumentaram, visto que os navios precisam desviar a rota devido ao bloqueio do Canal de Suez – neste novo trajeto, as empresas de transporte marítimo precisam contornar o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, aumentando o tempo de viagem em até 15 dias.
“Os conflitos na região trouxeram à tona uma série de desafios para a importação marítima, afetando as rotas comerciais de transporte, e claro, a economia global como um todo. A principal medida foi o desvio das rotas marítimas tradicionais, o que em contrapartida, aumentou consideravelmente a distância, os prazos de entrega e principalmente os custos de frete”, resume Rosa Amador, diretora comercial da Samsung SDS.
Estima-se que cerca de 20% do que é consumido no Brasil seja importado, e os produtos vindos em containers da Ásia, onde se desenrolam os conflitos, representam cerca de 50% desse total. Atualmente, o Brasil mantém cinco serviços de transporte marítimo direto entre a Ásia e a Costa Leste da América do Sul.
Para contornar essas dificuldades, Rosa Amador ressalta que é essencial explorar alternativas para garantir o abastecimento, “uma opção seria buscar rotas alternativas e investir em parcerias com empresas que ofereçam múltiplas opções como transporte aéreo, marítimo e rodoviária, visando acelerar a entrega e garantir o transit time, embora os custos possam ser mais elevados”.
As empresas precisam buscar estratégias e se adaptar, explica Rosa Amador. “A necessidade dessas alternativas não são apenas uma questão de tempo e custo, mas de capacidade e segurança, já que as mudanças têm um impacto direto na cadeia de suprimentos global, afetando a comercialização e produção de produtos. Uma boa alternativa são as soluções Sea-Air, com rotas marítimas da China para Los Angeles, rota rodoviária até Miami e chegando à América Latina por frete aéreo”, expõe ela.
Outra alternativa interessante, segundo a profissional, é utilizar tecnologias de rastreamento e monitoramento de carga, “para melhorar a segurança e a eficiência do processo de importação, garantindo a integridade dos produtos durante todo o trajeto”, pontua.
Rosa Amador finaliza: “O uso da tecnologia como ferramenta de acompanhamento nesse período é fundamental para a gestão do processo. Na Samsung SDS, por exemplo, utilizamos a plataforma Cello Square, que faz acompanhamento em tempo real das cargas”.
Para saber mais, basta acessar https://www.samsungsds.com/la/index.html