De acordo com dados levantados pela ANEL (Associação Nacional das Empresas de Lavanderia), o pós-pandemia tem sido favorável para o setor. “Durante a pandemia, as lavanderias hoteleiras tiveram uma queda de 70%, as lavanderias de atendimento ao público, uma queda de 40%, e as hospitalares se mantiveram. Agora, no pós-pandemia, as lavanderias hoteleiras já estão com 80% do normal e as lavanderias de atendimento ao público com 100% do normal”, contou Otto Barcellos, presidente da associação.
Inclusive, vale reforçar que, segundo os dados mais recente do setor, fornecidos pelo SINDILAV (Sindicato Intermunicipal de Lavanderias do Estado de São Paulo), no Estado de São Paulo já existem, aproximadamente, 5.200 lavanderias, sendo cerca de 4.200 domésticas e 1.000 industriais. Com relação ao número nacional, estima-se que existam 8.000 lavanderias no Brasil, sendo 6.000 domésticas e 2.000 industriais. Ainda de acordo com as informações do sindicato, essas empresas geram cerca de 33.000 empregos diretos no Estado de São Paulo, 14.800 na cidade de São Paulo e 95.000 no Brasil.
Um dos motivos para esse crescimento é o fato de ser um setor interligado com diversos outros segmentos da economia, podendo ser dividido em doméstico (que é direcionado ao consumidor final, ou seja, higienização de roupas, roupas de cama, mesa e banho, dentre outros), uniformes e EPIs, decoração (que é a higienização de tapetes, cortinas, sofás e estofados em geral), hospitalar (que envolve a higienização de roupas de cama, toalhas e uma vasta a lista de roupas hospitalares), industrial jeans (que é voltada para a indústria têxtil) e para estabelecimentos como hotéis e restaurantes.
Juliano Fontagnelo, superintendente de Experiência do Cliente e Marketing da operação brasileira da Elis, multinacional que é especializada em serviços de gestão e higienização de têxteis, reforça que a retomada da economia no pós-pandemia tem favorecido as empresas do setor. “Recentemente diversos fatores como o crescimento das atividades em indústrias (principalmente nas alimentícias e farmacêuticas) e a retomada do setor hoteleiro, de comércio e serviços têm ajudado no bom desempenho do setor. Tanto que aqui na Elis tivemos um crescimento orgânico de 11,5% em 2021, se comparado com o ano anterior”, comenta o executivo.
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