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De olho no crescente mercado de Smart Grid, a WAGO, empresa alemã especializada em conexões elétricas e automação, apresenta sua linha de produtos voltados especificamente para o segmento. São controladores com comunicação em protocolos de telecontrole (IEC-60870 e IEC-61850), módulos de automação com função de medição de energia, sensores de corrente AC ou DC, além de toda linha de conexões elétricas para várias bitolas de cabo de 0,08mm² até 185mm².
Com todo esse conjunto à mão, a WAGO se alça ao status de empresa apta a acompanhar o desenvolvimento desse negócio que a cada dia ganha mais adeptos, amparados por toda classe de interessados no tema – desde governos, entidades, passando por distribuidores até fabricantes de soluções destinadas à “rede inteligente”, como é chamada a Smart Grid no Brasil. E mais: por sua origem europeia, continente no qual há muito já se aplica o conceito, se apresenta com todos os atributos para emplacar também por aqui os seus produtos direcionados para essa finalidade.
Maurício Constantino Afonso, coordenador de segmentos da WAGO, explica que o princípio básico da Smart Grid é integrar todos os elementos da rede elétrica: “Todos os sistemas de controle devem possuir algum tipo de interface que permita sua conexão na rede inteligente. E, no caso das unidades de geração e transmissão, o uso de equipamentos de comunicação com protocolos de telecontrole é que garante esse nível de integração. Estando tudo interligado, poderosos controladores podem monitorar e controlar todo o sistema com segurança e funcionalidade. E para todas essas situações, a WAGO oferece soluções”.
Smart Grid: entenda as vantagens
Smart Grid é um conceito recente onde todos os elementos de uma matriz de energia elétrica, geração, transmissão, distribuição e consumo são conectados em uma ampla rede. Isso permite o monitoramento on-line de todo o sistema, desde a geração até o relógio medidor de cada consumidor. Dessa forma, problemas podem ser detectados de maneira praticamente instantânea e as respectivas soluções realizadas de forma muito mais rápida. As ações corretivas de eventuais falhas podem ser implementadas, via rede inteligente, sem a necessidade da presença física das equipes de manutenção.
O acompanhamento on-line de todo o sistema realizado pela Smart Grid também reconhece rapidamente variações de demanda por parte dos consumidores de uma determinada região. A partir disso, promove imediatamente as adequações de suprimento para que aquela necessidade seja atendida, racionalizando a transmissão e até mesmo poupando recursos nas unidades geradoras. Outra grande vantagem de sua adoção é a possibilidade da microgeração de energia, onde cada consumidor pode gerá-la, por exemplo, por meio de painéis fotovoltaicos. Tal ação favorece não apenas a redução do consumo tarifado pela concessionária, mas também a entrega de energia elétrica para a rede. Já o monitoramento em rede das unidades consumidoras permite a tarifação variável.
Vários países da Europa já possuem centenas de módulos e controladores WAGO instalados para atender às demandas de toda a cadeia energética. Isso significa desde a geração – com foco em um sistema de gerador distribuído em contrapartida a uma alternativa mais centralizada como, por exemplo, grandes centrais nucleares – até os mais remotos gabinetes de distribuição e entrega de energia ao consumidor.
Atualmente, no Brasil, os consumidores domésticos têm sua demanda de energia tarifada por meio de uma leitura manual mensal. Além de criar grandes vulnerabilidades no sistema quanto à fraude ou furto de energia, esse tipo de leitura também impossibilita a avaliação do perfil de consumo daquele cliente. Com a Smart Grid, a utilização passa a ser monitorada em tempo real, permitindo estabelecer uma tarifação diferenciada de acordo com o horário de utilização.
No Brasil, a implantação da Smart Grid ganha cada vez mais espaço. Três municípios estão em processo de implantação do sistema e substituição dos relógios medidores de todos os consumidores pelos novos medidores eletrônicos digitais. São eles: Aparecida, no Vale do Paraíba (SP), atendido pela EDP; Barueri, na Grande São Paulo, atendido pela AES Eletropaulo; e Sete Lagoas (MG), atendido pela CEMIG.