A competitividade entre as organizações obrigam as empresas a busca constante de novas tecnologias. A TI tornou-se uma ferramenta fundamental para aumentar a competitividade entre as organizações. Na ótica empresarial, as organizações que mais lucram hoje no mundo são justamente aquelas que enxergam a inovação como um componente essencial dos seus modelos de negócio e, ao invés de competirem em mercados já saturados, buscam novas soluções para ganhar vantagens competitivas sobre seus concorrentes. A gestão da inovação é uma nova área de conhecimento que combina elementos da engenharia, tecnologia da informação (TI), técnicas de gestão de projetos, entre outros.
A Bridge Consulting, empresa de DNA jovem, se destaca nesta área de Inovação e Tendências de TI, mesmo ciente da dificuldade do mercado brasileiro.
— Nosso desafio no Brasil é muito grande. O país ocupa uma posição sem destaque no Índice Global da Inovação – 61º lugar entre 143 países. Para fins de comparação, 18,3% dos produtos e serviços lançados no mercado norte americano são completamente inovadores. Na China, são 16,7%. Na Alemanha, 14,7%. No Brasil esses números são próximos de 1%, dado que a maioria dos produtos não é inteiramente novo ou original — explicou Carlos Eduardo, um dos sócios da Bridge.
Uma das apostas da Bridge é a utilização do método Stage-Gate, um guia prático de gestão da inovação, principalmente no lançamento de novos produtos, mundialmente conhecido, porém ainda pouco utilizado no Brasil. Essa ferramenta prevê uma rotina rigorosa de acompanhamento para impedir o desperdício de recursos em projetos de menor potencial. As fases do projeto são sequenciadas em diversos estágios (Stages) e intercaladas por pontos de decisão (Gates), onde se avalia constantemente se o projeto deve ou não seguir em frente.
A prática do Stage-Gate pode melhorar, e muito, a rotina e acompanhamento dos projetos de inovação. Seus benefícios se tornam claros quando uma série de critérios precisa ser atendida para que se evolua para o próximo estágio. Isso significa evitar desperdícios em projetos incapazes de gerar valor, obtendo-se maiores ganhos, assegurando o sucesso dos projetos que realmente são importantes.
Para Carlos Eduardo, a implementação do Stage-Gate deve ser encarada como um guia a ser seguido, e não como um conjunto de leis rigorosas. É natural, como qualquer novo processo, que se criem barreiras frente a sua aplicação, sendo importante o apoio da alta administração, treinamentos e disseminação dos benefícios que serão trazidos para a empresa. Além disso, todos os envolvidos na área e na gestão dos projetos de inovação devem criar a consciência de que tudo deve ser feito em prol dos resultados positivos da organização. Quando as empresas ganham todos também ganham.