Testamos uma Câmera DSLR com o uso de um Teleconversor, resultados sob os olhos de um leigo
Que o mercado de câmeras DSLR anda em alta isso ninguém tem dúvidas. O teste de hoje é resultado de uma busca incansável atrás de referências na internet a respeito deste assunto que causa tantas controvérsias a respeito do uso de um Teleconverter ou não ! Alguns mais céticos criticam e condenam este tipo de recurso pois alegam perdem uma imensurável nitidez no resultado final da foto, outros mais leigos assim como eu, e curiosos acreditam que o uso de um dispositivo deste pode acabar resultando numa economia de uma boa grana ou melhor, é a opção de usar um dispositivo que aumenta em até 2x a distância focal de uma lente e principalmente é orientado ao uso em situações Macrofotografia com uma boa câmera DSLR mas que logicamente possui algumas restrições.
Bom, o teste é bem simples, não sou um expert no assunto, sou apenas um apaixonado por tecnologias, o que acabou tomando meus desejos de saber realmente como se comporta um dispositivo destes quando ‘plugado’ entre a lente e o corpo da câmera DSLR. E sem muitas delongas, vamos cair pra dentro e descobrirmos juntos os resultados dos testes.
Câmera DSLR e Metodologia
Nossa metodologia é muito simples mesmo, e pode ser feita por qualquer pessoa que tenha estes recursos em mãos e uma Câmera DSLR. Inicialmente faremos pequenas sessões de fotos com diferentes lentes, utilizando ou tentando utilizar as mesmas configurações e ajustes para as lentes com o uso do TC e sem ele. O resultado prático disso é a fotografia propriamente dita. Utilizaremos da mesma distância focal da lente, combinando seu uso com o TC, um tripé e uma distância fixa do assunto (em outras palavras, iremos fotografar o assunto usando a mesma lente com e sem o uso do TC).
Câmera DSLR e Equipamentos utilizados:
- Nikon DSLR D7000
- Lente Nikkor 50mm 1:1.8D
- Lente Nikkor 55-300mm
- Teleconverter KENKO Macro Teleplus II MC7 (referência modelo MC7MFMN-2012) Mount Nikon A1
- Tripé – WT3560
- Speedlite YN560-II
Antes de conferir os resultados, gostaria de compartilhar um pouco sobre os conceitos e o que é o dispositivo propriamente dito. É jogo rápido, confiram logo abaixo.
O que é e como funciona o Teleconverter?
O Teleconverter TelePlus II MC7 da Kenko oferece o impressionante efeito de dobrar a distância focal da lente (2x) porém nesta mesma proporção de aumento de ‘ZOOM’ ele acabrá reduzindo a quantidade de luz em 4 vezes (2 f/stops). O MC7 possui um design de 7 elementos em 4 grupos, com elementos de lente multi revestidos e acoplamento de diafragma. Com o Teleplus II MC7 da Kenko a profundidade de campo da sua lente prime é reduzida pela metade, mas retém a distância mínima da focagem da lente. Uma lente de f/2.8 agora passará a ser de f/5.6 por exemplo, mas isso veremos logo mais em nosso teste prático.
Embora Teleconverters não sejam recomendados para lentes com aberturas maiores que 50mm, 28-105mm por exemplo (justamente pela perda considerável de nitidez), faremos este teste na prática para ver o resultado final. Ótica e mecanicamente, eles são idênticos aos conversores de série DG de alta qualidade deste mesmo fabricante.
Especificações :
Ampliação | 2.0X Ampliação de exposição: Aprox. 4 vezes |
Distância Mínima de Foco | Como a lente principal |
Diafragma da Lente | Acoplamento |
Elementos / Grupos de Lente | 7/4 |
Revestimento da Lente | Digital multi revestido |
Comprimento | Aprox. 1,4 polegada (35,7mm) |
Peso | 5,5 onças (157g) |
Imagens do TC
[box type=”info” ]Existem conversores com três ampliações: 1,4x, 1,7x e 2x. O teleconversor multiplica a distância focal da lente de acordo com esse número. Portanto uma objetiva de alcance de 200mm com um teleconversor de 1,4x resulta em uma distância focal de 280mm (200m x 1,4 = 280mm). Sendo assim 200m x 1,7 = 340mm e 200m x 2 = 400mm.
O uso dos TC também alteram no valor da abertura máxima das objetivas. Lembre-se que ganhar uma distância focal extra custa um ponto na abertura do diafragma. De acordo com os TC apresentados, a perda de luz é respectivamente de 1 ponto, 1,5 ponto e 2 pontos na abertura do diafrgama.Portanto usar uma objetiva de f/2.8 com um teleconversor de 2x, sua abertura terá que ser de f/.5.6. Não passando luz suficiente através da objetiva, a câmera também não consegue fazer leituras de foco, e perde a função de focagem automática. Diz-se que a menor abertura possível para focagem automática é a de f/5.6.[/box]
Set de testes
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Resultados Práticos
Distância de 12 cm do assunto (neste caso a pétala da flor). A lente usada com mesmos ajustes e configurações, tentando preservar o máximo da identidade visual obtida através do clique e não propriamente dito a qualidade da Flor neste caso.
Lente 50mm 1:1.8D Nikkor sem TC e sem flash
Lente 50mm 1:1.8D Nikkor sem TC com uso de flash
Lente 50mm 1:1.8D Nikkor com uso de TC sem flash
Lente 50mm 1:1.8D Nikkor com uso de TC com flash
Lente 55-300mm 1:4.5-5.6G ED Nikkor sem TC
O assunto precisa de uma distância mínima para focagem de 70cm aproximadamente, e sem o uso de um tripé ou apoio, ficou praticamente uma foto ‘queimada’ e bastante tremida. Para uso de uma Tele praticamente é quase impossível se tirar ótimas fotos sem o uso de tripé com pouca iluminação ou assuntos muito próximos, qualquer balanço ou ‘suspiro’, já era.
Lente 55-300mm 1:4.5-5.6G ED Nikkor com uso do TC
As fotos abaixo dispensam qualquer tipo de comentário, inviável e sem nitidez alguma. Utilizando o TC na mesma proporção de ‘magnificação 2×1’ a tele escureceu absurdamente, e quanto mais se trabalha a obturação pior fica sem o uso de uma base fixa para a câmera. O Uso de um teleconverter pode até ser que melhore ou que seja necessário horas de estudo e treino com o uso acoplado em uma Tele acima de 150mm (apr). Isto o tempo talvez me diga se eu tiver paciência para outros testes mais específicos e um dia bastante ensolarado.
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FOTOS FINAIS COM ILUMINAÇÃO E FUNDO INFINITO + ILUMINAÇÃO
Para efeitos de registro, fica abaixo as fotos tiradas com a 50mm + TC usando iluminação e um estúdio com fundo infinito. A primeira na sequência abaixo é sem o USO do TC e abaixo as ‘macros’.
A primeira foto abaixo, utilizamos uma distância focal menor e uma abertura maior, a segunda nos aproximamos mais do assunto mantendo os mesmos ajustes, já a terceira foi necessário um pequeno incremento e mudança de ajuste de ISO/Velocidade, porém os detalhes da gota d’água é realmente muito boa (para ampliar as imagens clique acima delas).
Observações Finais
Neste mundo fascinante e envolvente que é a macrofotografia é necessário muito treino, muito estudo e técnicas nada diferentes de um estudo aprofundado em iluminação. Logicamente este pequeno artigo de hoje, não tem objetivo técnicos e tão pouco mostrar algum resultado expressivo em qualidade fotográfica, e sim, de compartilhar com os amigos e fotógrafos que não tiveram o prazer de testar um TC antes, já para os mais leigos assim como eu; de tirarem suas conclusões na aquisição de um TC ou não.
Quanto ao uso na nossa 50tinha ! Poxa, esta realmente ficou show e gostamos muito, não escureceu tanto a ponto de pedir grandes aberrações e trabalhos mais forçados na combinação Diafragma /Abertura /ISO e resultou em alguns cliques bem interessantes e que prometem melhorar bastante após o estudo e o treino com este tipo de foto. É preciso aprofundar e conhecer bastante as técnica de macrofotografia antes de sair por ai publicando fotinhas de pétalas e de ‘bichinhos estranhos e bizarros’ do mundo terreno… mas que é interessante isso é e sem dúvida alguma empolgou bastante e nos faz levar a uma segunda oportunidade muito em breve com outros resultados e testes diferentes.
Em contrapartida na lente 55-300mm os resultados foram bizarros e terríveis… fazer o que ! vivendo e aprendendo…
Espero que tenham gostado, e caso afirmativo, dá um curtir e compartilhe ai pra gente ! Dúvidas? Críticas e ajudas, por favor, estamos aqui todos juntos para isso.
Nos encontramos logo logo, por ali ou aqui ! Mas muito em breve e quem sabe com uma outra Câmera DSLR