Cerca de 120 pessoas participaram de um Dia de Campo na Fazenda Canguiri (Pinhais/PR) nesta quarta-feira (14/12). Em pauta, os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). A área do Dia de Campo é uma fazenda experimental da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e está dentro de uma área de proteção ambiental (APA). “Por ser área de proteção, os resultados do que pesquisamos aqui mostram que, mesmo em uma área protegida, é possível promover a inclusão social e produzir sem impactar o meio ambiente”, explicou Amadeu Bona Filho, Diretor do Setor de Ciências Agrárias da UFPR, representando o Reitor da instituição. O Diretor ressaltou ainda a importância das parcerias para realização deste trabalho “congregar as instituições de pesquisa e extensão é importante para a transferência de tecnologia, garantindo o aumento de produtividade com preservação do meio ambiente”. Além da UFPR, por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica na Agropecuária (NITA), formado por diversos departamentos, também desenvolvem atividades na área e estavam presentes no evento, Embrapa Florestas, Iapar, Emater/PR, Unicentro, UEPG e UFRGS.
Nas quatro baterias do dia de campo, os participantes acompanharam os temas agricultura (com enfoque em milho), pecuária (com enfoque na sanidade animal), ILPF (abordando a integração da produção de grãos, pastagens e espécies arbóreas madeireiras) e arboreto de espécies florestais (abordando as indicações de espécies arbóreas para plantios em regiões com ocorrência de geada). Para o Prof. Aníbal de Moraes, da UFPR, “nesta área de proteção ambiental, com todas as restrições existentes, conseguimos desenvolver um modelo de produção sustentável, que pode ser replicado para qualquer tipo de propriedade rural”.
Amauri Ferreira Pinto, da Emater/PR, explicou que a área trabalhada pelas instituições reúne ensino, pesquisa e extensão. “Este é o caminho para a inovação”, ressaltou. Amauri explicou ainda que o arboreto do Canguiri é um espelho de nove outros arboretos existentes no estado do Paraná, e que testam espécies florestais arbóreas para áreas de ocorrência de geada.
O Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, Vanderley Porfírio-da-Silva, apontou que a integração lavoura-pecuária-floresta tem ganhado espaço Brasil afora e já mostrou ser um sistema viável aos produtores rurais. “Quando feita com planejamento, a ILPF traz inúmeros benefícios às propriedades, seja pela possibilidade de agregação de mais um produto, que é a madeira, seja pelo conforto térmico aos animais, ciclagem de nutrientes, melhorias no solo, sequestro de carbono, entre outros”, explicitou.
Fonte: https://www.embrapa.br