A Fonte de energia deve ter lugar de destaque na lista de compra, principalmente pela necessidade do computador e seus componentes de uma energia estável, de boa qualidade (sem transientes e outros sinais que podem comprometer o funcionamento do computador) e disponível a qualquer momento, além da busca por silêncio e economia.
Neste artigo, respondemos algumas dúvidas comuns e explicamos alguns termos para que você possa fazer uma escolha certa na compra de sua próxima fonte.
Mas o que a Fonte do meu computador faz?
A Fonte de alimentação do computador é projetada para transformar as tensões comuns da rede elétrica em níveis compatíveis com os requerimentos dos componentes. A fonte de alimentação converte a tensão alternada (AC) em tensões contínuas (DC ou VDC), para alimentar os componentes do seu computador.
Qual o padrão da minha fonte?
Depende da sua placa mãe e também do gabinete que você usa. Atualmente o padrão para desktops é o ATX12V (visto que a maioria dos gabinetes e placas mãe suporta somente este padrão), mas existe também os padrões ATX, SFX12V e TFX12V (para gabinetes compactos) e EPS (normalmente para servidores ou estações gráficas), para citar os mais comuns. Para não ter problemas na hora da compra, se você não conseguir identificar o padrão da sua fonte, aconselhamos a você trazer a fonte ou seu computador para que nossos consultores possam lhe informar corretamente o padrão. Outro detalhe é que dentro de um padrão, como o ATX12V, temos várias revisões. Uma das mais atuais e utilizadas é a ATX12V v2.2. Para mais detalhes, acesse este link.
O que é Eficiência?
É um dos principais itens que aconselhamos a você, consumidor, verificar na sua nova fonte.
A fonte converte energia (AC > DC), mas infelizmente esta conversão não é perfeita, pois vários componentes presentes na fonte, tais como capacitores e diodos apresentam perdas durante sua operação. Até mesmo nos cabos há perda de potência. Se fosse perfeita, a eficiência da fonte seria de 100%. Um exemplo: A cada 100W que a fonte puxasse da tomada, 100W seriam entregues ao sistema.
Como a conversão não é perfeita, o que acontece com a parcela que não é transformada em energia para o seu sistema? Ela é praticamente toda transformada em calor. Ou seja, se uma fonte tem eficiência de 50%, então para cada 100W que ela “puxa” da tomada, 50W são realmente entregues para o sistema e os demais 50W são transformados em calor.
Para gerar os mesmos 100W para o sistema, a fonte com 50% de eficiência teria que puxar 200W da tomada.
Portanto, quanto maior a eficiência da fonte, menor será o gasto com energia elétrica porque menos energia AC será consumida pela fonte. Além disso, com menos calor sendo dissipado no interior de seu gabinete, o sistema como um todo tende a operar de modo mais estável.
Dependendo da eficiência da fonte e o uso do sistema, a economia é grande. Veja um exemplo abaixo:
Modelo | Eficiência | Consumo da tomada se o sistema necessita de | ||
150W | 300W | 500W | ||
Fonte 1 | 90% | 166,6W | 333,3W | 555,5W |
Fonte 1 | 80% | 187,5W | 375W | 625W |
Fonte 2 | 65% | 230W | 461,5W | 769W |
Com isso podemos ver que escolher uma fonte com alta eficiência (> 80%) é benéfico para você consumidor (e para o meio ambiente também). Apesar do investimento ser maior em um primeiro momento, ele normalmente será pago ao longo do ano (ou melhor, não será “pago” devido à economia na conta de energia). Outra vantagem é que normalmente as fontes de alta eficiência também oferecem menor ruído e aquecem menos o ambiente.
A preocupação com a eficiência é tão grande que até originou a criação de um programa denominado 80Plus. As fontes certificadas recebem um selo que facilita a identificação pelo consumidor. Para maiores detalhes, acesse o site 80Plus.
Uma fonte de energia mais potente significa que pagarei mais na minha conta de energia?
Este é o maior mito de todos. É importante entender que a fonte de energia somente vai fornecer a potência que o sistema requer, e nada mais. Se o seu sistema tem uma fonte de 400W e em determinado momento este sistema somente requer 250W, a fonte somente vai fornecer 250W.
Se você trocar a sua fonte de 400W para uma de 600W (o upgrade faz sentido, pois existem várias vantagens em se usar a fonte em um percentual abaixo de sua capacidade máxima), o que indicará se você vai gastar ou não mais energia é a EFICIÊNCIA da fonte. E se nesse exemplo ambas as fontes tivessem a mesma eficiência declarada pelo fabricante, com a de 600W você muito provavelmente gastaria menos energia e o sistema operaria com temperaturas inferiores porque a eficiência de uma fonte não é linear. Para entender isso, basta fazer um cálculo simples. Supondo que o computador esteja consumindo 300W, enquanto a fonte de 400W estaria fornecendo 75% de sua potência total, a fonte de 600W forneceria apenas 50%. Fica claro, portanto, que a maior “folga” do modelo de 600W lhe permitirá operar com uma maior eficiência (na maioria dos casos). Aliás, desde a revisão 2.0 é que a especificação do padrão ATX12V recomenda aos fabricantes o desenvolvimento de projetos que garantam uma eficiência mínima de 77% em potência máxima e 80% com 50% de utilização.