IBM cria disco rígido atômico que reduz drasticamente o espaço necessário para armazenar um bit
A empresa norte-americana conseguiu armazenar um bit num único átomo. Atualmente, nos discos rígidos mais comuns, são necessários cerca de 100 mil átomos para armazenar a mesma quantidade de informação.
A IBM anunciou esta quarta-feira que conseguiu alcançar uma façanha incrível de engenharia. De acordo com a empresa, uma equipe de cientistas desenvolveu aquilo a que se chama um disco rígido atômico.
Na prática, isto significa que foi possível reduzir drasticamente o espaço necessário para armazenar um bit de informação sendo que, agora, esta quantidade de dados pode ser alojada num único átomo.
A diferença para os discos rígidos atuais é substancial. Com a tecnologia integrada nos exemplares mais comuns de venda ao público é possível armazenar um bit de informação em cerca de 100 mil átomos. A IBM calcula que, com este novo sistema, seja possível armazenar as 35 milhões de músicas que compõem o catálogo do iTunes num disco com o tamanho de um cartão de crédito.
Mas apesar de possível, a técnica é ainda difícil de concretizar. Explica a empresa de tecnologia norte-americana que, para funcionar, o sistema utiliza átomos de hólmio sob uma superfície de óxido de magnésio que mantém estáveis os pólos magnéticos dos átomos mesmo na presença de outras forças magnéticas.
A orientação destes pólos determina se cada um dos átomos representa um 1 ou um 0. Para escrever no sistema de armazenamento, é também preciso que uma agulha microscópica induza uma corrente para inverter a orientação do átomo de acordo com a informação que sendo gravada.
Para ler a informação, lê-se a corrente magnética que passa através de cada átomo.
O estudo foi publicado na edição da Nature desta quarta-feira.