Usuários brasileiros desconhecem perigos da Internet

Os usuários da internet, número que só faz crescer, ainda desconhecem os riscos da internet, a qual completará 26 anos no próximo mês de março de 2015.

Segundo o gerente da Scunna Network Technologies – especializada em segurança cibernética e performance de TI e maior canal da McAfee na Região Sul do País –, tanto usuários como empresas precisam ainda se conscientizar a respeito dos cuidados que a internet requer.

Para Gustavo Pauletti Gonçalves, muitas organizações ignoram recursos de proteção e posicionam a segurança como coadjuvante em suas estratégias e investimentos. Já o usuário da internet ainda não aprendeu que existe um comportamento de risco na rede, o qual aumenta em muito a possibilidade de computador, laptop, smartphone ou tablet serem atacados, resultando em sistemas e dados corrompidos ou até furtados.

O número de incidentes cibernéticos detectados subiu para 42,8 milhões em 2014 – um salto de 48% em relação a 2013. Só no ano passado o equivalente a 117.339 novos ataques ocorreram todos os dias. Este aumento impactou diretamente no custo: as perdas financeiras atribuídas a incidentes de segurança cibernética aumentaram 34% em relação a 2013.

“Mais da metade dos ataques bem-sucedidos começam com um simples phishing que é enviado por e-mail para internautas, que muitas vezes desconhecem a tentativa de fraude. Há as mais diversas tentativas, como suposto e-mail da Receita Federal para atualizar CPF, o que não existe. Ou ainda, um e-mail de um desconhecido com uma suposta imagem em anexo, convidando o destinatário a clicar no arquivo para visualizar”, destaca Gonçalves.

Para o gerente da Scunna, os principais riscos que o usuário pouco cuidadoso corre na internet são furto de identidade, vazamento de informações, invasão de privacidade, sequestro de informações, fraudes bancárias e fraudes no comércio eletrônico.

O especialista orienta que os internautas devem procurar sempre navegar em conexões e sites seguros, na medida do possível. Além disso, destaca, o internauta deve remover do seu dispositivo programas que não utiliza mais, remover versões antigas de programas instalados, fazer a atualização automática dos sistemas operacionais dos smartphones e computadores.

No momento da compra da máquina, alerta Gonçalves, o consumidor deve exigir licenças de programas pré-instalados. Se em manutenção, explica, o consumidor não deve permitir a instalação de programas não licenciados.

Investir em recursos de proteção é essencial, assegura o gerente da Scunna Network Technologies, principalmente em se tratando de empresas, como software antimalware, firewall, ferramenta de reputação de sites, anti-spam e anti-phishing, ferramentas de criptografia e softwares de backup. Somado a isso, o especialista sugere que o usuário mantenha o computador bloqueado por senha e, obviamente, essa senha seja bem elaborada, difícil de ser descoberta (com números, letras, maiúsculas e minúsculas, porém fácil de ser lembrada e que não se repita em outros aparelhos, dispositivos e sites).

1. Acesso a conteúdo impróprio ou ofensivo

2. Furto de Identidade

3. Vazamento de Informações

4. Invasão de Privacidade

5. Indisponibilidade

6. Sequestro de Informações

7. Fraudes bancárias

8. Fraudes de comércio eletrônico

1. Acesso a conteúdo impróprio em sites de segurança duvidosa

2. Abertura de e-mails de destinatário desconhecido

3. Abertura de e-mails de supostos órgãos de proteção ao crédito

4. Abertura de e-mails que são supostamente resposta de mails seu

5. Notificações de acesso a sistemas fora de horário

6. Contatos sobre assuntos que você desconhece

7. Transações indevidas em Cartões de Crédito e C/C

8. Clicar em links desconhecidos, especialmente links curtos

9. Auto-execução de anexos

10. Abertura e execução de arquivos sem verificação (Anti-Malware)

11. Acesso a mensagens com vantagens financeiras

12. Fornecimento de dados pessoais e financeiros pela web

13. Acesso a links para download de códigos maliciosos

14. Em supostas lojas de E-Commerce, preços muito abaixo dos praticados no mercado

15. Acesso a sites de E-Commerce sem loja física e sem histórico

16. Acesso a sites sem conexão segura ou certificados inválidos

17. Execução de JavaScripts ou ActiveX de qualquer site

18. Falta de cuidado ao usar Cookies

19. Gravação de usuários e senhas no navegador de internet

20. Realização de operações financeiras através de computadores de terceiros ou redes públicas de internet wi-fi