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Sistema Nacional de Emprego (SINE) testa uso de Inteligência Artificial para aumentar eficiência na oferta de oportunidades de trabalho

por SimbiekJP
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Prova de Conceito mostrou que IA pode ser aliada importante para tornar o programa de intermediação de mão de obra do governo federal mais eficiente, ampliando as chances de um trabalhador que utiliza o SINE conseguir um emprego


A Inteligência Artificial (IA) pode ajudar mais brasileiros a conquistar uma oportunidade de emprego?

O Ministério da Economia, por meio de uma parceria realizada entre a Secretaria de Políticas Públicas do Emprego (SPPE) e a Microsoft Brasil, colocou essa tese à prova e chegou à conclusão que sim.

Em uma Prova de Conceito feita no segundo semestre do ano passado, a IA mostrou que pode ser uma aliada importante para tornar o programa de intermediação de mão de obra do governo federal mais eficiente e, na prática, aumentar as chances de um trabalhador que utiliza o Sistema Nacional de Emprego (SINE) conseguir um emprego.

A plataforma atual não incorpora a ferramenta de Inteligência artificial reduzindo a chance de sucesso.

A ideia é que o aprimoramento da interação entre trabalhadores e empregadores, assim como o enriquecimento da base de dados do SINE, tanto no cadastro de profissionais quanto no cadastro das vagas por empregadores, seja o combustível que a IA precisa para possibilitar o aumento de eficiência do programa.

Hoje, o Sistema baseia-se principalmente na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) para o cadastro de vagas.

E por ser bastante engessada, em muitos casos a CBO não é capaz de refletir a profissão que a empresa recrutadora está buscando.

Para algumas vagas, sequer aparecem candidatos, e aproximadamente 27% das vagas não são preenchidas.

Isso não significa necessariamente que não existam interessados, mas sim que pode não ter ocorrido procura devido à forma como o posto de trabalho tem de ser obrigatoriamente descrito pelo empregador, enquadrando-o na CBO, que deve obrigatoriamente ser igual ao código indicado pelo trabalhador ao preencher suas pretensões profissionais.

Se houver mais flexibilidade no cadastro de informações tanto pelo profissional quanto pelo empregador, aumentam as chances de que, ao chegar a uma entrevista, nem recrutador e nem trabalhador se surpreendam diante do que está sendo ofertado. Aumentariam, portanto, as chances do chamado “match” (do verbo combinar, em inglês). E com base na análise das variáveis sobre essas situações, tanto aquelas que se reverteram em contratação quanto as que não tiveram sucesso, a Inteligência Artificial seria capaz de sugerir quais vagas têm mais chance de se encaixar no perfil de um determinado trabalhador, ou vice-versa.

Quanto maior o conjunto de variáveis que a IA possa analisar, maiores as chances de essa sugestão ser efetiva e se reverter em uma entrevista de emprego na qual o trabalhador saia contratado. Cada passo pode ser estudado, considerando por exemplo as vagas em que o trabalhador clicou, em quais processos seletivos ingressou, entre outros.

“Nosso desafio é aumentar as chances de cada trabalhador brasileiro que usa o SINE conseguir um emprego e para isso é fundamental o apoio da tecnologia, ampliando a efetividade do sistema em fazer esse ‘casamento’ com a vaga que melhor se encaixe para o profissional”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, Secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério da Economia.

Para a Prova de Conceito em questão, conduzida pela Microsoft e a EloGroup, foram considerados dados das regiões metropolitanas das capitais Belo Horizonte e Curitiba, além das cidades de Tubarão (SC) e Guarulhos (SP), com base na ocupação de vendedor, a que possui maior representatividade no SINE. Foram usados dados históricos de três bases, sendo elas a do próprio SINE e também a do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Com o cruzamento de informações históricas dessas bases e análise por meio de algoritmos de IA, o índice mostrou uma assertividade superior a 70%. Em termos práticos, isso significa que, a cada 10 casos de trabalhadores que já haviam conseguido uma oportunidade no passado, com o uso do algoritmo de IA, em sete dos casos ele seria capaz de recomendar a vaga mais adequada ao perfil do profissional, bem como a melhor recomendação do trabalhador para a vaga. Os outros 30% correspondem a profissionais que, com base no histórico, foram empregados, mas que segundo o modelo de IA teriam menor probabilidade de conquistar aquela posição. O algoritmo recomenda trabalhadores que tenham mais de 60% de probabilidade de match (combinação) com a vaga.

O diferencial do modelo proposto é que ele permite recomendar vagas de emprego para indivíduos com o perfil profissional semelhante ao de trabalhadores que foram aceitos em processos seletivos anteriores. Dessa forma, ao reduzir a importância da CBO no cruzamento de informações, amplia-se o alcance das vagas, posto que elas são sugeridas ainda que haja divergências de preenchimento entre a descrição delas e os currículos dos trabalhadores.

Com a ampliação do universo de variáveis analisado, incluindo informações como nível de conhecimento em mais de um idioma, histórico de promoções e tempo de permanência no mesmo emprego, a expectativa é que o algoritmo possa ter uma assertividade ainda maior em relação à melhor vaga para o profissional.

O próximo passo para que esse experimento possa começar a ser usado de fato no atendimento à população que utiliza o SINE para buscar emprego e empresas que recorrem à plataforma para recrutar é a adaptação do Sistema em conjunto com a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), órgão também vinculado ao Ministério da Economia. Essa etapa é fundamental para agregar ao SINE uma série de novas informações que depois poderão alimentar o algoritmo de IA, aumentando a eficiência no processo de intermediação de mão de obra.

Em uma etapa futura, o objetivo também é que o aprimoramento dos algoritmos de IA permita ao governo federal obter informações úteis para a definição de políticas públicas para a capacitação dos trabalhadores, indicando, por exemplo, em quais cursos deveria se investir mais.

Dados da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC/ME) indicam que cerca de 15 milhões de trabalhadores foram cadastrados no SINE em 12 meses e que e há 100 milhões de acessos mensais às plataformas digitais do SINE.

Sobre a Microsoft Brasil

A Microsoft está no Brasil há 27 anos e é uma das 110 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Líder em plataforma e produtividade para um mundo “mobile-first, cloud-first”, a companhia tem como missão empoderar cada pessoa e cada organização no planeta a conquistar mais. Desde 2003 a empresa investiu mais de R$ 387 milhões levando tecnologia gratuitamente para 2.467 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. O programa YouthSpark já beneficiou mais de 13,6 milhões de jovens brasileiros desde 2012.

Fonte: https://news.microsoft.com/

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