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Operação Antártica chega à fase final

por Agência Canal Veiculação

A 31ª Operação Antártica termina oficialmente nos próximos dias, quando o navio Almirante Maximiano atracar no Rio de Janeiro, mas três dos 21 projetos atendidos no último verão polar ainda continuam o trabalho a bordo da embarcação.

Os pesquisadores devem ancorar neste final de semana, com o material coletado, no porto de Rio Grande (RS), de onde a tripulação segue para a capital fluminense. Após o desembarque, os 21 estudos continuam a ser desenvolvidos no Brasil.

Os três projetos de pesquisa embarcada envolvem 11 cientistas. Os trabalhos abordam a variação anual da distribuição populacional de aves, a interação entre oceano, atmosfera e criosfera (superfície terrestre coberta por gelo ou neve) na região que liga o Brasil às Ilhas Malvinas, na Argentina, e o impacto de aerossóis nas alterações climáticas do sul do oceano Atlântico à península Antártica.

Do total de projetos apoiados na atual operação, 19 têm vínculo com o edital 23, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) em 2009, no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). As outras duas linhas de investigação são coordenadas pelos dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) ligados à área polar – o INCT da Criosfera e o INCT Antártico de Pesquisas Ambientais (APA).

Segundo a Cordenação para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apenas um projeto não pôde ser completamente atendido durante a operação, por causa das condições climáticas. A pesquisa previa a hospedagem de cinco especialistas na base argentina da ilha de Marambio, mas as águas congeladas impediram a passagem do navio que levaria a equipe ao local. O trabalho de campo deve ser realizado no próximo verão polar.

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Reconstrução

As pesquisas científicas na atual operação contaram com suporte dos navios Almirante Maximiano e Ary Rongel, de refúgios montados na enseada da baía do Almirantado, onde se localiza a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), destruída por um incêndio em fevereiro de 2012, e de acampamentos mais distantes.

Para o verão de 2013 a 2014, o complexo provisório tem à disposição Módulos Antárticos Emergenciais (MAEs). A Marinha do Brasil finalizou a construção da estrutura temporária em 25 de março.

Entre novembro de 2012 e janeiro deste ano, os militares limparam a área em dez dias de trabalho e desmontaram a estação em outros 27. Eles retiraram cerca de 60 mil metros cúbicos de neve e gelo e recolheram 820 toneladas de resíduos, embarcadas no navio mercante Germania. Os trabalhos envolveram 134 profissionais.

O próximo verão também deve marcar o início das obras para reconstrução da EACF. Na segunda-feira (15), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) divulga o resultado do concurso para selecionar o projeto arquitetônico das futuras instalações.

Promovido pela Marinha e organizado pelo IAB, com envolvimento do MCTI e do Ministério do Meio Ambiente, o certame recebeu 74 propostas até 2 de abril. Atualmente, uma comissão julgadora avalia os projetos.

De 2000 a 2012, o MCTI destinou ao Proantar R$ 144 milhões, dos quais R$ 71 milhões foram utilizados na compra do Almirante Maximiano, com R$ 10 milhões adicionais aplicados em equipamentos para o navio polar. Em 2012, a pasta reservou R$ 4,28 milhões à reposição da infraestrutura científica perdida no incêndio.

 

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

Por colaboração Editorial Agenciado

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