Segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), divulgadas via e-book no final do ano passado, a previsão é de que o setor de segurança eletrônica aumente mais de 16% neste ano. Devido à retomada da economia, 60% das corporações pretendem contratar novos profissionais.
Em relação aos últimos anos, de acordo com dados do Sistema de Informações Criminais, em 2019 foram registrados 12 mil assaltos em condomínios e casas. Além disso, segundo a Abese, o setor cresceu 13% no ano passado por conta do alto número de assaltos. A associação ainda aponta que houve investimento pesado em empresas de segurança a partir da busca por dispositivos inteligentes, como portarias remotas, por exemplo.
Portarias remotas
Ao procurar uma moradia, o fator segurança tem se tornado uma peça fundamental nos dias de hoje, muito motivado pelo crescimento no número de roubos a condomínios brasileiros, que podem ser de alguma forma combatidos com a utilização da segurança eletrônica. Segundo o Sistema de Informações Criminais, só no estado de São Paulo, foram mais de 7.800 casos em 2019. E, de acordo com a Abese, o país possui aproximadamente 180 mil condomínios, com 50 mil deles no estado.
Por conta disso, o investimento nas portarias remotas, que permitem, à distância, o atendimento em condomínios, tornou-se algo muito pertinente. As portarias remotas, mesmo sendo recentes no mercado, têm sido cada vez mais buscadas: só em 2020, cresceram 20%, de acordo com a Abese. A associação ainda estima que duas mil portarias já possuem o seu atendimento realizado remotamente.
Gastos com tecnologia e segurança
No caminho do investimento em tecnologia, de acordo com a consultoria IDC Brasil, os gastos com recursos tecnológicos e telecomunicações no país devem crescer 7,1% em 2021, totalizando US$ 64,4 bilhões. O informativo foi feito em fevereiro deste ano. Na lista de prioridades, está a cibersegurança, com 61% das 75 empresas nacionais pesquisadas em 2021 – 11 pontos acima de 2019. Isso pode influenciar positivamente o mercado de segurança eletrônica.
As despesas com equipamentos de segurança e softwares totalizarão US$ 900 milhões neste ano, sendo isso um crescimento de 12,5% ante 2019. Já a segurança na nuvem deve simbolizar 23% dos investimentos. “Os sistemas de segurança são os que mais se beneficiam do uso da inteligência artificial diante da evolução dos ataques e vazamentos de dados”, diz Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria para a área corporativa da IDC Brasil. O profissional ainda sinaliza a inteligência artificial. “Veremos um aumento no número de fusões e aquisições com empresas e startups na área.”
Além disso, o investimento em 5G também recebe destaque. “O 5G tem que ser visto como uma oportunidade para a adoção de tecnologias corporativas, como computação em nuvem, internet das coisas (IoT), inteligência artificial, entre outras”, aponta Luciano Saboia, gerente de Pesquisa e Consultoria em Telecomunicações da IDC Brasil.
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