Até julho de 2015, todas as operadoras do país deverão estar aptas a adotar o endereçamento IPv6. O prazo foi dado recentemente pela Anatel, após acordo com o Centro Gestor de Internet e as empresas de telecom. A TIM saiu na frente e, desde 2011, preparou sua rede para oferecer conectividade IPv6 em larga escala para seus clientes. Em 2012, os clientes corporativos com equipamentos compatíveis passaram a ter acesso ao produto Trânsito IPv6. Para os mercados móvel e residencial, estão sendo realizados testes e, nesta fase de transição, a operadora disponibilizará as duas soluções simultaneamente (dual stack), o uso de um IP ou de outro dependerá da compatibilidade dos equipamentos dos usuários.
“A TIM foi pioneira, em relação às operadoras com cobertura nacional, ao preparar o seu backbone IP para atender ao novo protocolo. Na solução de rede desenvolvida pela TIM, o IPv4 e o IPv6 poderão conviver simultaneamente. Serviços e plataformas que suportarem o IPv6 farão uso do novo endereçamento. A adoção completa e definitiva requer, em muitos casos, a substituição de terminais de acesso dos usuários e de uma adaptação dos provedores de conteúdo, este é um processo gradual ”, explica Janilson Bezerra, diretor de Inovação da TIM Brasil.
Em relação aos equipamentos e terminais, o principal empurrão para a mudança do IPv4 para o IPv6 foi dado pela agência reguladora que anunciou que passará a certificar apenas aqueles compatíveis com o novo protocolo. Os endereços de IP (Rede Nacional IP Multiserviço) são números únicos utilizados para identificar os mais variados tipos de dispositivos utilizados para conexão na rede de dados, tais como, computadores, smartphones e tablets.
Composto por mais de 4,2 bilhões de números, o IPv4 vem sendo utilizado desde o início da comercialização da internet, na década de 90. A mudança deveu-se ao esgotamento destes endereços com a ampliação do uso dos aparelhos eletrônicos. Para aumentar os números de IP disponíveis foi criado o IPv6, que representa aproximadamente 79 octilhões (7,9×1028) de vezes a quantidade de endereços do protocolo anterior. No Brasil, no entanto, apenas 0,08% do tráfego vem sendo feito na nova versão do protocolo IP.
“Mais uma vez, a TIM se apresenta como inovadora e protagonista na oferta de produtos de dados. Com o IPv6, nosso portfólio oferece o que há de mais moderno em protocolos de conexão de dados, permitindo melhor gestão do endereços de internet e ganho imediato de escala para nossos clientes corporativos, que poderão ver atendidas suas crescentes demandas por novas aplicações e conectividade”, afirma diz Rafael Marquez, diretor de marketing da unidade de negócios TIM Soluções Corporativas.
Atualmente, técnicas de compartilhamento de IP como NAT44 ou CGNAT, vêm sendo utilizadas como uma solução transitória para o esgotamento de endereçamentos no IPv4 no mercado. Embora haja o compromisso das teles – principais provedores de conexão do país – em implantar o novo sistema IPv6, nem todos os provedores de conteúdo se adaptaram. Os principais provedores de conteúdo, tais como Google, Facebook, UOL e Terra já possuem conteúdos em IPv6.