Em mais uma onda de proibições, o uso dos óculos Google Glass foi proibido na maior parte dos cinemas do Reino Unido, sob alegação de que os usuários poderiam utilizar o dispositivo para gravar os filmes ilegalmente.
A Associação de Cinema local (CEA), responsável por 90% dos cinemas no Reino Unido, afirmou que irá solicitar aos consumidores para não usarem os óculos dentro das salas.
A justificativa da CEA é de que os espectadores poderiam gravar partes dos filmes, uma vez que a bateria do Glass tem duração de 45 minutos, porém poderiam ser facilmente recarregadas com um powerbank e continuarem suas gravações ilegais.
“Os Consumidores serão orientados a não usarem o dispositivo dentro dos auditórios, mesmo que o filme ainda não esteja passando”, disse um porta-voz da CEA ao jornal The Independent.
Um porta-voz do Google disse que alguns desses problemas estão relacionados à falta de conhecimento sobre o Glass.
“Nós recomendamos que qualquer cinema preocupado com o Glass, que trate o dispositivo da mesma forma com a qual age com aparelhos similares como celulares: apenas peça para desligar antes do começo do filme. Além disso, também acreditamos que seja necessário experimentar o Glass antes de criar políticas sobre ele.”
O Google afirma também que quando o Glass está ativo uma luz se acende e que não seria um dispositivo discreto para se usar no cinema.
Desde seu lançamento, em 2012, o Glass vem enfrentando problemas relacionados à privacidade.
Recentemente, um incidente similar ocorreu em um cinema nos Estados Unidos, onde um homem foi interrogado após assistir ao filme com os óculos.
Porém, mesmo após a abertura das vendas do dispositivo em maio deste ano para residentes dos Estados Unidos e Reino Unido por 1.500 dólares, o aparelho ainda está em estágio de testes e segue sem uma data de lançamento oficial.
Fonte: The Independent.