A americana Apple e a sul-coreana Samsung não conseguiram chegar a um acordo amistoso para acabar com a batalha judicial sobre as patentes nos tribunais dos Estados Unidos, abrindo o caminho para um novo julgamento em março, informou uma fonte judicial.
Os principais diretores dos dois grupos, Tim Cook da Apple e J.K Shin da Samsung, se reuniram há alguns dias, mas as negociações fracassaram, segundo um documento apresentado no tribunal californiano de San José.
Foi justamente uma das juízas desta jurisdição, Lucy Koh, responsável pelo caso, que havia solicitado às duas partes que apresentassem um acordo amistoso até 19 de fevereiro, já que o início do julgamento estava previsto para março.
Mas Apple e Samsung não chegaram a um acordo sobre um pacto de licenças cruzadas, segundo o documento.
Os dois grupos esbarrariam, segundo analistas, na cláusula chamada de ‘não cópia’ solicitada pela Apple, que a Samsung se recusa a assinar.
Neste caso, a Apple ataca a rival por cinco patentes, uma delas relacionado ao aplicativo vocal Siri que, segundo afirma, foi roubada.
A Apple acusa a Samsung de ter copiado intencionalmente o design do iPhone e solicita à justiça americana a proibição da venda de alguns modelos de smartphone da empresa nos Estados Unidos.
A Samsung acusa a Apple de ter roubado quatro patentes.
Esta não foi a primeira vez que as duas empresas tentaram, sem sucesso, alcançar um acordo amistoso.
A justiça americana impôs em maio de 2012 dois dias de negociações entre Cook e o então CEO da Samsung, Choi Gee-Sung.
Sem um acordo, teve início o maior julgamento por violação de patentes nos Estados Unidos em décadas.
A Samsung foi finalmente condenada a pagar 930 milhões de dólares de multas a Apple.
Mas a fabricante do iPad solicitou imediatamente à justiça a proibição da venda nos Estados Unidos dos smartphones e tablets da concorrente sul-coreana, que segundo a Apple, violavam suas patentes.
As duas empresas trocam acusações de violação de patentes e se enfrentam em diversos tribunais do mundo, com resultados mistos.
AFP – Agence France-Presse