Com uma cerimônia formal no Teatro Municipal do Rio, na presença de autoridades brasileiras, estrangeiras e da Unesco, foi iniciada oficialmente no domingo a sexta edição do Fórum Mundial da Ciência, dedicada ao desenvolvimento sustentável, um evento celebrado pela primeira vez fora de Budapeste.
O Rio de Janeiro se torna, assim, a capital mundial da ciência durante quatro dias, como “parte da estratégia para distribuir os feitos científicos e torná-los em um esforço verdadeiramente global”, afirmou Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), instituição que assumiu a liderança na organização do evento e desempenhou um papel chave para trazê-lo para esta parte do mundo.
A escolha do Brasil como sede deste evento, que pretende ser uma referência no desenvolvimento de políticas científicas para lidar com problemas globais, também supõe uma reafirmação das conquistas da ciência no País, declarou o ministro da Ciência e Tecnologia brasileiro, Marco Antonio Raupp, para quem a Ciência brasileira está “nos primeiros estágios da idade adulta, após ter superado a adolescência, mas ainda em fase de crescimento”.
Também participou do ato o vice-presidente brasileiro, Michel Temer, como representante da presidente Dilma Rousseff.
A diretora-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura), Irina Bokova, também entregou durante a cerimônia o prêmio Sultan Qabus para la preservação do Meio Ambiente às organizações National Forest Holding “State Forest”, da Polônia, e à Wild Life at Risk Protection Organisation da África do Sul, bem como o prêmio Kalinga de Divulgação Científica ao professor chinês Xiangyi Li.
O fórum abordará temas como a cooperação e a segurança para o fornecimento de água, a tecnologia para a redução dos riscos e danos derivados de catástrofes naturais, o papel dos oceanos ou como atrair mais jovens cientistas, entre outros.
É organizado pela ABC, em colaboração com a Academia Húngara de Ciências, a Unesco, o Conselho Internacional para a Ciência (ICSU), a Academia Europeia de Ciência (EASAC) e a Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS).
A Jordânia será o segundo país não europeu a organizar o evento, em 2017, anunciou no domingo József Pálinkás, presidente da Academia Húngara de Ciências, após a edição de 2015, que voltará a Budapeste, onde foram celebrados os cinco eventos anteriores, iniciados em 2003.
Agence France-Presse