Angola Cables lança pedra fundamental do Data Center em Fortaleza.
Com previsão de início das operações em 2018, na Praia do Futuro, o Data Center ocupará uma área total de 9 mil metros quadrados, quando concluída todas as suas fases.
O local estará apto a receber e armazenar os conteúdos digitais do Nordeste, sendo Fortaleza o centro do ecossistema digital da região.
Fortaleza, 11 de julho de 2017 – Com a presença de autoridades e membros dos governos Estadual e Municipal do Ceará, além do seu CEO, António Nunes, a Angola Cables lançou a pedra fundamental que marca o início das obras de construção do seu Data Center, na Praia do Futuro, em Fortaleza.
Os serviços preliminares à construção — que incluem o início da fundação, limpeza, drenagem e nivelamento do terreno, terraplanagem, entre outros;
Já caminham a pleno vapor. A previsão para início de operação será o primeiro trimestre de 2018.
Fruto da parceria entre a Angola Cables e a prefeitura de Fortaleza, o Data Center tem como objetivo, tornar a capital cearense um dos principais polos tecnológicos e de telecomunicações da América Latina, desenvolvendo capacidades para receber conectividade de múltiplos operadores da região e internacionais.
“A infraestrutura que estamos criando em Fortaleza servirá como base fundamental para o desenvolvimento de uma economia digital, em toda a região do Nordeste, a partir do estado do Ceará. Via Fortaleza, o país poderá fazer conexões internacionais para o mundo todo, o que significa dizer que a capital cearense será ponto de referência a nível de conectividade internacional para o Brasil”, explica António Nunes.
“Trata-se de um momento histórico para a cidade de Fortaleza e o Estado do Ceará.
Em um momento tão difícil que o Brasil vive na sua economia, um investimento desse porte representa muito para o nosso Estado e para a capital cearense.
São pessoas que acreditam no nosso potencial em fazer de Fortaleza um grande centro de Telecomunicações e conexões da América Latina com o mundo.
Esse será um dos maiores Data Centers da América Latina já com cabos conectando com Europa, África e América do Norte.
Não tenho dúvidas que vai abrir as portas de Fortaleza para o mundo, gerando oportunidades de negócios a partir desta conectividade ”;
Conta o governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
“O mundo virou uma aldeia global e teremos aqui uma das sedes dessa aldeia. Isso não significa só colocar Fortaleza como um dos centros tecnológicos do mundo.
Significa colocar a oportunidade de geração de emprego e renda, bem como uma melhor qualidade de vida para o nosso povo”;
Diz o vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan (DEM).
Economia digital – O novo centro de dados contribuirá para o crescimento da economia digital da região.
Ele possibilitará a alocação em Fortaleza de conteúdos digitais gerados localmente ou externamente, em outros pontos, mesmo os internacionais.
Esta moderna infraestrutura tecnológica trará grandes benefícios para a economia local, nomeadamente para as áreas de pesquisa científica, desenvolvimento de aplicativos e softwares, sustentabilidade de empresas e negócios, assim como o mercado de entretenimento e mídia.
Hoje um Data Center é uma infraestrutura fundamental para o desenvolvimento econômico de uma sociedade.
Os conteúdos aí armazenados estão presentes no dia a dia das pessoas e das empresas.
Ao postar uma foto, atualizar um conteúdo ou baixar um filme pela internet existe sempre a necessidade de se armazenarem esses dados.
Existem hoje mais de 500 mil Data Centers espalhados pelo mundo, estando 36 deles no Brasil, majoritariamente concentrados na região Sudeste.
“Por isso podemos afirmar, que os projetos da Angola Cables quebram paradigmas para criar alternativas inovadoras.
Mais do que trazer tecnologia, estamos contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da região. Gerar empregos, promover a educação e o conhecimento;
Além de trazer grandes investimentos, que servirão de suporte para o desenvolvimento do Polo Tecnológico de Fortaleza”, completa Nunes.
Este será o segundo Data Center da Angola Cables. A empresa já opera o Angonap, localizado em Luanda e considerado o principal ponto de tráfego em Angola.
“O Data Center que estamos construindo utiliza uma área útil de cerca de 9 mil metros quadrados na Praia do Futuro e terá;
Quando totalmente finalizado, cerca de 3 mil metros quadrados de área útil de TI.
A infraestrutura terá certificação do tipo TIER III, para a sua qualidade de prestação de serviço”, afirma o executivo.
O DC de Fortaleza acompanha as tendências internacionais para este tipo de instalações.
O complexo foi construído tomando em consideração as condições climáticas controvérsias de Fortaleza, em que faz calor a maior parte do ano e onde os níveis de salinidade são dos mais altos do mundo.
“O Power Usage Effectiveness (PUE) do Data Center — índice que mede a eficiência energética dos Data Centers — foi desde o início do seu design, uma das preocupações fundamentais da Angola Cables, de forma a podermos ter um edifício amigo do meio ambiente e que em simultâneo tenha custos operacionais competitivos. O fato do projeto ter sido igualmente desenhado para ser construído em fases, demonstra a preocupação em manter as perdas o mais otimizadas possíveis”
Esclarece António Nunes.
Os serviços que serão oferecidos pela Angola Cables, por meio do seu Data Center, são aqueles que o mercado atualmente demanda.
Para atender serviços em que a Angola Cables detenha insuficiente capacidade de entrega, a empresa desenvolverá parcerias locais e/ou internacionais, para que as necessidades dos seus clientes sejam plenamente atendidas.
“Já a partir de 2018, esta infraestrutura vai poder abrigar conteúdos, serviços de cloud e internet;
Hospedar dados e informação de universidades, instituições de ensino e pesquisa, dados de empresas locais e internacionais;
Informação e equipamentos de instituições financeiras, redes de televisão e de entretenimento nacionais e internacionais”, afirma Nunes.
O Data Center de Fortaleza será o ponto de maior conectividade intercontinental da América Latina, visto que a partir dele os dados trafegados chegarão aos demais continentes, de uma forma direta ou no máximo, com uma única parada.
“Ele será um ponto importante da convergência digital no Nordeste, encurtando as distâncias entre provedores de conteúdos e os seus clientes, tanto nacionais como internacionais.
O DC da Angola Cables será apenas o arranque do processo e servirá, junto com o desenvolvimento do Polo Tecnológico de Fortaleza, como um atrativo para que outros provedores e empresas de TI instalem suas infraestruturas na capital cearense”, fala António Nunes.
Ao todo, o projeto receberá um investimento de US$ 300 milhões, incluindo construção e aquisição dos equipamentos.
Seu financiamento foi garantido pelo governo de Angola e disponibilizado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
Sustentabilidade –
O Data Center contará com a utilização de fontes de energia renováveis.
Toda a iluminação externa do complexo será garantida por painéis solares, que acumularão energia elétrica suficiente para garantir essa iluminação.
Do mesmo modo os equipamentos de iluminação instalados serão de baixo consumo, de forma a garantir o mínimo consumo de energia possível.
Sistemas de controle de acesso e presença garantirão que tanto a produção de frio do ambiente, como a iluminação sejam geridos da forma mais eficiente possível.
“Pelo fato de estarmos a otimizar bastante os custos de operação do complexo, aguardamos obter resultados de eficiência suficientes, para que os valores de custo apresentados aos nossos clientes sejam o menor possível.
Além disso, a sua expansão será feita de uma forma modular.
Isto reflete diretamente na eficiência de custos do complexo, podendo por isso funcionar sempre perto dos níveis ótimos de utilização dos ativos instalados. Isso significa, que não teremos de cobrir perdas, refletindo diretamente nos valores competitivos de custo para os nossos clientes”, conta o executivo.
Neutralidade
– O Data Center terá o fator de neutralidade sempre presente. Qualquer provedor, devidamente credenciado palas autoridades locais está convidado a estar presente no Data Center de Fortaleza. O objetivo é ter a maior diversidade possível de provedores de conteúdos e conectividade de dentro e fora do mercado brasileiro.
Com isso, a Angola Cables pretende criar um verdadeiro ponto de troca de serviços e conectividade na região.
Um Data Center neutro e agnóstico no que diz respeito á sua conectividade e serviços disponíveis.
“Ou seja, convidamos desde já todos os provedores de cabos submarinos existentes em Fortaleza a usarem as infraestruturas agora criadas e a pensarem no proveito que poderão obter pelo fato de poderem desenvolver o seu negócio em um ambiente favorável e útil para o seu desenvolvimento”, conclui Nunes.
Sobre a Angola Cables
A Angola Cables é uma multinacional de telecomunicações, fundada em 2009, que opera no mercado de atacado, cujo core business é a comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados por meio de um sistema de cabos submarinos.
Está a desenvolver uma rede de conectividade intercontinental, através de cabos submarinos de fibra optica.
É um investidor Tier I no WACS (West Africa Cable System) e no Monet e está hoje a construir a primeira ligação entre África e a América do Sul, o SACS.
A empresa é hoje o maior fornecedor de IP trânsito de Angola e está, neste momento, a expandir os seus serviços para a região subsaariana do continente africano.
Seus novos projetos em construção – Data Center de Fortaleza, ampliação do Angonap, Data Center de Luanda, cabo SACS e cabo Monet, assim como a sua rede de pops nos Estados Unidos.
SACS – Trata-se de um projeto inovador de telecomunicações, que consiste em ligar Luanda, em Angola, a Fortaleza, no Brasil, por meio de um cabo submarino de fibras ópticas de cerca de seis mil quilômetros de cumprimento.
O SACS é o primeiro cabo submarino a ser instalado no Atlântico Sul, ligando os continentes africano e sul americano.
Comunicações à velocidade da luz, a latência deste cabo será de cerca de 63 milissegundos, colocando Angola a menos de um piscar de olhos do Brasil.
Em comparação com outras rotas de transmissão, mesmo as via satélite, a sua latência – tempo de demora entre a emissão e a recepção do sinal;
Será a menor hoje existente entre os dois continentes.
Uma ligação entre Angola e o Brasil leva hoje cerca de 360 milissegundos.
O cabo, que conta com investimento de 100% da Angola Cables, terá uma capacidade mínima de transmissão de 40 Tbps.
Monet – É o cabo submarino de fibra óptica que liga Santos, Fortaleza e Miami.
A Angola Cables é um dos investidores Tier I do Monet, para além das empresas Antel (Uruguai), Algar Telecom (Brasil) e Google.
O seu cumprimento será de cerca de 10 mil quilômetros e a capacidade da Angola Cables será de cerca de 24 Tbps.
O cabo terá seis pares de fibra, dos quais a Angola Cables tem duas fibras.
Neste empreendimento, a companhia é ainda responsável pela construção da estação de aterramento de Fortaleza.
O cabo já está instalado e entrará em operação no final de 2017.