Com recursos de R$ 10 milhões, contrato entre o IPT e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo vai viabilizar cerca de 700 atendimentos a MPMEs paulistas ao longo dos próximos anos
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo firmaram, recentemente, acordo de apoio tecnológico às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
Com recursos de R$ 10 milhões, o contrato vai viabilizar a realização de cerca de 700 atendimentos a MPMEs paulistas ao longo dos próximos cincos anos. O objetivo é impulsionar a competitividade das beneficiadas nos mercados interno e externo, mediante aperfeiçoamento e/ou adequação de seus produtos e/ou processos.
“Atualmente várias empresas, em especial as MPMEs, têm dificuldades em se consolidar, mesmo no mercado interno, seja pela concorrência dos produtos importados, seja pela falta de qualificação técnica de seus produtos para atender às agências reguladoras, a exemplo de Anvisa, Anatel e Aneel, ou mesmo às certificações compulsórias do Inmetro”, contextualiza a diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT (NT-PME), Mari Katayama. O NT-PME será o responsável pelos atendimentos às companhias.
Segundo Mari, outro problema comum é o despreparo de algumas MPMEs para cumprir as exigências técnicas de grandes clientes, como os da indústria automobilística e do setor de petróleo e gás. Na concorrência externa, as dificuldades se ampliam, uma vez que é necessário conhecer previamente os regulamentos técnicos do mercado alvo, adequando os produtos antes de iniciar a comercialização. “As MPMEs são igualmente demandadas em termos de preços e cumprimento de prazos de entrega. Portanto, ao oferecermos apoio tecnológico às MPMEs paulistas, estaremos contribuindo para viabilizar as melhorias necessárias”, ressalta a diretora do NT-PME.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, Nelson Baeta Neves Filho, a iniciativa vai estimular o crescimento das MPMEs. “O projeto promoverá a competitividade das empresas e a melhoria do ambiente de negócios, com o aprimoramento da qualidade dos produtos e dos processos operacionais, além de possibilitar a conquista de novos clientes e mercados com a adequação aos padrões nacionais e internacionais.”
Apoio
O apoio tecnológico oferecido às MPMEs paulistas será realizado mediante cinco modalidades de atendimento: Prumo (Projeto de Unidades Móveis); Progex (Adequação de produtos para o mercado externo); Qualimint (Qualificação de produtos para o mercado interno); Gespro (Gestão da Produção) e Prolimp (Produção Mais Limpa).
As empresas interessadas devem entrar em contato diretamente com Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, pelos telefones (11) 3767-4204/3767-4471 ou pelo e-mail: [email protected]
Entenda as modalidades de atendimento do NT-PME do IPT
PRUMO (Projeto de Unidades Móveis) – As unidades são equipadas com aparelhos laboratoriais portáteis. Os técnicos visitam a empresas para diagnosticar problemas tecnológicos. São propostas correções e modificações, para resultados imediatos de aumento da qualidade de produtos e índices de produtividade.
PROGEX – Oferece apoio às empresas para adequação técnica de produtos para exportação, conforme as necessidades de determinado mercado. Inclui: atendimento às normas técnicas, design de produtos e embalagens; pré-qualificação e qualificação de produtos para obtenção e selos e marcações internacionais como a CE.
GESPRO – A assistência visa à melhoria do processo produtivo, por meio de técnicas de gestão. Contempla atividades relacionadas à redução de custos, cumprimento de prazos de entrega, balanceamento da produção etc.
QUALIMINT – Apoio às empresas nacionais para competir no mercado interno, frente a produtos importados. Geralmente são atendidos setores como petróleo e gás e indústria automobilística.
PROLIMP – Ações para adoção de tecnologias mais limpas ou melhorias de processos existentes, visando à redução de energia, água e outros insumos, além de reduzir rejeitos de produção.