Em 2014, o mundo terá mais celulares do que pessoas. Esse é um estudo da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que retrata também que hoje há mais de 100 países com penetração de telefonia móvel superior à 100% da população, e em sete desses países, a densidade ultrapassa os 200%. O estudo mostra também que as receitas deste setor superam U$ 1,5 trilhão por ano, equivalente à 2,4% do PIB mundial. Há mais de 6 bilhões de assinaturas de celular no mundo.
O Gartner revelou as principais tendências tecnológicas para 2013, incluídas num cenário de projeções para os próximos cinco anos. Para o próximo ano, o Gartner coloca a crescente adoção de dispositivos móveis, tablets e smartphones, em ambiente empresarial, no topo da lista.
Se para ter acesso à Internet para você ainda é sinônimo de cabos para todos os lados, já está na hora de rever seus conceitos. Há cerca de vinte anos, a tecnologia Wireless trouxe mobilidade aos acessos. Mas esta cultura ainda está sendo desenvolvida no Brasil.
Wireless ou Wi-Fi (Wireless Fidelity) significam em português – rede sem fio – e refere-se a uma rede de computadores sem a necessidade do uso de cabos, funciona por meio de equipamentos que usam radiofrequência, comunicação via ondas de rádio, ou comunicação via infravermelho.
A comunicação sem fio permite às pessoas maior flexibilidade quando se comunicam, por que não precisam permanecer numa localização fixa. As tecnologias sem fio tornam os serviços de comunicação facilmente disponíveis do que os tradicionais baseados em fios, que exigem a instalação de cabos.
Quando o assunto é comunicação sem fio, a principal preocupação dos gestores de TI é em relação à segurança dos dados e no transporte das informações. Mas acho engraçado como a maioria dos gestores se esquece da segurança quando a rede é cabeada. Cito um exemplo genérico: a cada empresa que visito, peço um cabo de rede para acessar a Internet e não é raro eu ter acesso a rede corporativa, somente conectando meu notebook no cabo “emprestado”. Um exercício básico é mapear as unidades de rede compartilhadas, assim como identificar os endereços de rede dos servidores. Acredite, é muito comum.
Portanto, não importa se a rede é cabeada ou sem fio, a segurança da informação tem que ser tratada de forma a manter a segurança dos dados sigilosos. E o mais legal é que, atualmente, conseguimos usar os mesmos protocolos de segurança e a mesma política de segurança, tanto para rede cabeada como para rede sem fio.
As tecnologias de comunicação sem fio evoluíram tanto nos últimos anos que, além dos altos níveis de segurança, hoje conseguimos atingir um nível maduro de gerenciamento desta rede. Através de políticas de configuração nos equipamentos que provêm a comunicação sem fio, conhecidos como Access Point, podemos em um único equipamento, configurar a rede corporativa e uma rede apartada para os visitantes acessarem a Internet, sem ter acesso nenhum a rede corporativa.
Há uma grande diferença entre implementar uma rede sem fio doméstica, onde você mesmo é capaz de instalar e configurar, e uma rede sem fio corporativa. Nesta segunda, as configurações não são triviais, visto que há necessidade de executar uma boa política de segurança, inclusive com equipamentos responsáveis por detectar tentativas de invasões, firewalls (equipamento responsável pela segurança, que permite ou nega determinado tráfego na rede), entre outros. Portanto, é de suma importância que empresas especializadas sejam consultadas para acompanhar o processo de implementação de uma rede sem fio segura.
“Não dá mais para pensar TI sem nuvem e sem mobilidade”, destaca Cassio Dreyfuss, vice-presidente do Gartner. Mundialmente, mobilidade passa computação na nuvem na lista de prioridade e toma a segunda posição. “A TI como conhecemos – desenvolvimento, produção e suporte – está ai há 40 anos. Essa TI não suporta mais os tempos de hoje. Os tempos estão turbulentos na área de TI e as mudanças se impõem. Quem não pensar diferente, vai enfrentar sérios problemas”, adverte Dreyfuss.
O vice-presidente do Gartner vai além: segundo ele, 90% de todas as iniciativas de TI não vão ser bem-sucedidas. “Não prevejo apenas o fracasso. Mas TI, como está hoje, não tem como entregar 100% das demandas. Os tempos são turbulentos e exigem colaboração. E não é tarefa simples”, complementa.
De fato, acredito que a maioria das pessoas não sabe que precisam de internet sem fio até começar a usá-la.
A tecnologia wireless apresenta grande capacidade de crescimento no mercado mundial. A tecnologia traz uma proposta de comunicação rápida, segura e de fácil acesso, fazendo com que o usuário esteja on-line o tempo todo, ou seja, a proposta é de que: qualquer um poderá estar em qualquer lugar.
O chamado mundo móvel está realmente se tornando cada vez mais móvel. A tecnologia wireless vem ampliar ainda mais esta mobilidade já fornecida pelos notebooks, disponibilizando a informação ao usuário a qualquer momento e em qualquer lugar. Sem dúvida alguma estamos caminhando para um mundo sem fronteiras, onde os smartphones estão cada vez mais presentes.
Não posso encerrar esse artigo sem dizer que estamos caminhando cada vez mais em direção as comunicações sem fio, e é mais do que claro, é um caminho sem volta. Nenhuma empresa usará uma rede 100% sem fio, mas o uso genérico das comunicações sem fio é uma demanda mais que real atualmente.
E você, acha que a comunicação sem fio é uma comodidade ou uma necessidade real?
*Erick Pedretti Nobre é especialista em segurança da informação, gerenciamento, wireless, e Account Manager da empresa CYLK.
Fundada em junho de 2010, a CYLK é uma integradora focada em soluções Juniper Networks, Hitachi Data Systems, Corvil e A10 Networks. Conta com uma equipe altamente capacitada e alcançou já nos primeiros meses de mercado, a maior certificação concedida pela Juniper: Elite Partner. Entre os principais clientes destacam-se Gradual Investimentos, Futura Corretora, DASA Laboratórios, Link Investimentos e ATG – Americas Trading Group. A CYLK está instalada em São Paulo na região do Brooklin e conta com escritórios de negócios no Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte.