TENDÊNCIA DE USO DE DISPOSITIVOS PESSOAIS NO TRABALHO ABRE DESAFIOS PARA EMPRESAS
A nova “moda” no mundo corporativo, BYOD ou Bring Your Own Device, traz questionamentos sobre a segurança da informação e os limites de controle no trabalho
BYOD, ou Bring Your Own Device, é uma nova tendência no mercado corporativo. O nome já deixa clara a proposta: o uso de dispositivos eletrônicos dos próprios funcionários como ferramentas de trabalho.
De acordo com um estudo realizado pela empresa de consultoria de negócios /Ovum, em 2012, /cerca de 75% dos brasileiros já utilizavam seus dispositivos pessoais no trabalho. Este cenário traz novas questões a serem debatidas e deixa para as empresas dúvidas sobre as vantagens e os problemas da BYOD, como a segurança da informação e os limites do monitoramento do trabalho.
Para as empresas, liberar a utilização de tablets, celulares e notebooks próprios, aparentemente, traz benefícios como a redução de custos em investimentos de infraestrutura. Além disso, pesquisas da provedora de soluções em TI, Unisys, mostram que 44% das pessoas em busca de empregos dão preferência a companhias que adotem o BYOD, por ser uma prática moderna e que demonstra flexibilidade por parte da empresa. O sistema é conveniente para os empregados, e pode até mesmo melhorar sua produtividade.
Por outro lado, a prática do BYOD gera a necessidade de uma adequação das atividades empresariais às normas de segurança. Para o CEO da TWT Info, Marco Flávio Neves, embora esta política represente custos mais baixos em investimentos de hardware, as empresas devem ficar alertas para o fato de que as suas informações estarão armazenadas num aparelho de uso privado.
A segurança da informação, portanto, fica vulnerável, tanto do ponto de vista de entrada (com risco de o colaborador trazer vírus de casa para o ambiente da empresa) como de saída (com as informações sendo armazenadas fora do trabalho).
Outra questão é: uma vez que o dispositivo é de uso pessoal, a empresa não pode estender a ele programas de monitoramento de produtividade. Softwares como o Strigoi, desenvolvido pela TWT e que permite contabilizar o tempo gasto nas tarefas e projetos desenvolvidos dentro e fora do expediente, com conhecimento dos usuários, não poderiam ser instalados em aparelhos que não pertencem à empresa.