A corrida pela inovação: como a tecnologia tem transformado o mercado esportivo no Brasil em Sports Techs
Na América Latina, o Brasil já é líder de mercado na tecnologia esportiva, sendo lar de mais de 60% das sports techs na região, além de concentrar os maiores investimentos desse setor
Que o Brasil é país do futebol, todo mundo já sabe e centenas de empresas investem nesse esporte como BetGold que apoia o futebol no Brasil e é patrocinadora do Santo André e do Boavista.
Mas também é a casa de muitas outras modalidades, aquecendo ainda mais a indústria do esporte por aqui.
No entanto, muitas oportunidades ainda não foram exploradas, se levarmos em consideração o quão apaixonado por esporte o brasileiro é.
Contando com 23 entrevistados, sendo eles empreendedores, pesquisadores e profissionais da área, e um levantamento de 135 startups que já estão estruturadas e atendendo às demandas do mercado, o estudo desenvolvido pelo Liga Insights, em conjunto com Brazil Sports Techs e Supera Parque;
Traz as tendências para os próximos anos, as oportunidades para os empreendedores, investidores e todos que são diretamente impactados neste business.
O Liga Insights, em parceria com a Brazil Sports Tech e o SUPERA Parque, lançam o estudo inédito sobre Sports Techs
Com o avanço da tecnologia, a busca por soluções ágeis e criativas para conquistar mais cliente e fãs tem se tornado cada vez maior por parte das empresas patrocinadoras, marcas e clubes.
A partir dessa demanda que as oportunidades para as Sports Techs se estabelecem.
Os investimentos em inovação nos esportes devem crescer de forma expressiva ao longo dos próximos anos.
O mercado de tecnologia voltada para o esporte deve atingir um crescimento de 20,6% partindo de um valor de US$ 8,9 bilhões em 2018 para cerca de US$ 31,1 bilhões em 2024.
“Uma análise de expansão da inovação no esporte, para ser completa, deve levar em conta os desafios do setor, e questões que vão além do aumento bruto de receita no segmento esportivo global.
Afinal de contas, em muitos casos, é atacando as carências de mercado, que as novas tecnologias podem crescer”, comenta Raphael Augusto, diretor de inteligência de mercado da Liga Ventures, e responsável pelo Liga Insights.
Investimento em tecnologias avançadas
Hoje, as grandes ligas esportivas mundo afora já investem em tecnologia avançadas.
É o caso da NFL que, anualmente, por meio do programa de aceleração de startups 1st and Future, tem investido em nanotecnologia, drones, visão computacional e soluções para a melhora de desenvolvimento.
Já o Real Madrid, na Espanha, lançou uma iniciativa para atrair seis startups, visando o desenvolvimento de produtos que possam auxiliar no desenvolvimento tecnológico do clube em áreas como performance, engajamento dos fãs, e-health e cibersegurança.
Outro ponto importante que o material apresenta é a influência dos dados no esporte, uma vez que por meio do analytics, é possível ter uma visão melhor de engajamento de fãs, uma compreensão mais ampla do ecossistema esportivo, otimização das áreas de backoffice de clubes e associações, expansão de parcerias e performance de atletas e clubes.
Diante de todo esse contexto, foi levantado que, nos próximos cinco anos, a área de ‘sports analytics’ deve atingir um valor de mercado de US$ 4,6 bilhões e um crescimento médio de 31,5%.
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Roupas de alta performance
O estudo também revela a análise cognitiva ao uso de tecnologias para a performance, como por exemplo as roupas de alta-performance, que movimentaram, só em 2018, US$ 6,1 bilhões, alcançando um crescimento médio de 9,5%.
Além disso, a inovação no mercado de artigos e equipamentos esportivos se mostra um desafio para as startups brasileiras, já que aqui no país, três multinacionais dominaram quase 50% do mercado de artigos esportivos, sendo elas a Nike, Adidas e Asics.
Com isso, especialistas na área pontuaram as melhores saídas para que as sports techs possam se sobressair, sendo a principal delas de assumir uma visão mais global do mercado.
A busca por engajamento no novo ambiente de negócios do esporte é um outro tema que o estudo se aprofunda, uma vez que o cenário esportivo atual tem um alto potencial de geração de receita.
Só em 2018, o matchday (receita gerada a partir da bilheteria de naming rights e projetos de sócio-torcedor) movimentou US$ 50 bilhões, tendo as ligas americanas nas primeiras posições do ranking e, o Brasileirão, ocupando a 10a posição, com uma movimentação de US$ 200 milhões, no mesmo ano.
Agora, quando o assunto é patrocínio esportivo, o gasto mundial chegou a US$ 62,7 bilhões no ano de 2017.
“Dentro desse contexto, é possível dizer que estamos diante de um mercado que, ao menos economicamente, possui potencial para investir em tecnologias capazes de favorecer a aproximação entre clubes, torcedores e melhorar a experiência para os fãs de esporte.
Nesse sentido, do ponto de vista tecnológico, algumas iniciativas tem se consolidado ou se reposicionado no mercado, ganhando assim uma nova perspectiva dentro do segmento esportivo.
É o caso, por exemplo, do streaming, que tem o poder de empoderar as pequenas ligas e outras modalidades que não tinham tanto apelo para as grandes mídias”, completa Raphael Augusto.
O estudo ainda conta com análises de profissionais do mercado, além de cases de sucesso no Brasil e números que comprovam o quanto a tecnologia já está completamente inserida no cenário esportivo brasileiro e mundial.
Para ter acesso ao material completo, clique aqui.
Sobre o Liga Insights
Criado pela Liga Ventures em 2017, o Liga Insights (https://insights.liga.ventures/) é uma plataforma que reúne conteúdos relevantes e estudos inéditos sobre a atuação de startups em diversos setores.
Pioneiro na organização de informações de inovação e mapeamentos de startups no Brasil, já publicou mais de 25 estudos, pesquisas e mapeamentos, com levantamentos exclusivos sobre áreas como; Alimentos, Agro, Varejo, AutoTechs, HRtechs, Health Techs, Tecnologia Emergentes, Customer Experience, Open Banking entre outras.
A iniciativa surgiu como um braço de inteligência da aceleradora e tem como objetivo estudar mercados, mapear inovações e produzir conteúdos de qualidade para que as grandes corporações conheçam como as startups brasileiras estão inovando em diversos setores.
No ano de 2020, O Liga Insights conta com o patrocínio da STATE, Indexo, Engie e Derraik&Menezes Advogados.
Sobre o SUPERA Parque
O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.
Ao todo, são 73 empresas instaladas no Parque, sendo 61 delas no Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; e 12 empreendimentos no Centro de Negócios.
Como ambiente de inovação que promove a transferência de conhecimento em diversos tipos de atividades, o Supera Parque desenvolve estudos setoriais para prever tendências tecnológicas.
Com uma metodologia própria para classificação de dados, a equipe realiza pesquisa exploratória e análise de dados referentes ao ecossistema de empreendedorismo e inovação.
Sobre a BST – Brazil Sports Tech
A Brazil Sports Tech é uma comunidade formada por empreendedores, profissionais e entusiastas que querem contribuir para a transformação tecnológica do esporte através da promoção de encontros, eventos, trocas de experiências e conhecimentos, e na geração de muito conteúdo para os amantes do esporte e da tecnologia.
Fundada no início de 2019, a BST já promoveu mais de 10 encontros em São Paulo, Curitiba e Florianópolis.
Foram mais de 100 startups e 500 profissionais que se conectaram. Em 2020, a comunidade pretende expandir sua atuação para outras cidades, além de produzir outros formatos de conteúdo, criando, assim, um ambiente saudável e favorável para a geração de negócios, acelerando ainda mais o desenvolvimento desta indústria.