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O AEO substituirá o SEO?

por Paulo Fernandes Maciel

Calma o SEO não morreu, mas mudou de nome, agora é AEO

Sabe aquele ditado “nada se cria, tudo se transforma”? Quando se trata de estratégias de SEO, deveria ser “nada morre, tudo muda”. Afinal, já ouvimos diversas vezes ao longo dos últimos anos que a estratégia de “Search Engineering Optimization” havia desaparecido, mas ela continua evoluindo. Diante deste cenário, o nome da vez é AEO, também conhecido como “Answer Engine Optimization”.

A lógica por trás desse novo conceito é simples. Se antes o foco estava em otimizar o conteúdo para buscadores como o Google, a partir de agora começamos a pensar em como otimizar respostas para ChatGPT, Gemini, Claude e outras IAs Generativas.

Mais maduro, técnico e competitivo, o SEO está passando por uma verdadeira revolução. Não porque perdeu relevância, mas pelo novo comportamento das pessoas no digital. Quando a forma de procurar informação muda, a maneira como oferecemos a resposta ou a solução para as pessoas também precisa se transformar.

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Essa mudança de comportamento faz sentido.

Segundo uma pesquisa global realizada pelo Google em parceria com a Ipsos, o Brasil está acima da média mundial no uso de Inteligência Artificial Generativa. O levantamento ainda mostra que:

● 54% dos brasileiros declararam ter utilizado ferramentas desse tipo em 2024, enquanto a média global foi de 48%.
● 65% dos entrevistados no país afirmaram confiar no potencial da tecnologia, índice superior aos 57% registrados globalmente.

Os buscadores estão dando espaço para respostas conversacionais. E cada vez mais gente prefere perguntar diretamente a um assistente de IA a digitar palavras soltas no Google. O potencial é gigante, mas não podemos esquecer que o AEO não é só uma sigla nova.

É uma mudança de mentalidade. Em vez de pensar em palavras-chave e backlinks, é preciso entender a pergunta completa que a pessoa irá fazer, analisar o contexto e reconhecer a intenção de quem busca. Essa estratégia exige um conteúdo mais claro e profundo sobre as necessidades do seu público.

Ao mesmo tempo, o AEO está longe de ser uma ciência exata, pois os próprios modelos de IA variam nas respostas.

Um estudo interessante perguntou 100 vezes ao ChatGPT qual seria o melhor software de suporte. O resultado apontou Zendesk em 94% das respostas, mas Freshworks, Zoho e Intercom também surgiram com frequência. Ou seja, não existe um domínio claro nesse novo ranking, tudo vai depender do tom, da abordagem e do contexto da pergunta.

Mesmo assim, o mercado já está se mexendo. Entre 2023 e 2025, o número de negócios que têm “IA”, “Inteligência Artificial” ou termos semelhantes no nome cresceu 857%, saltando de 142 novos CNPJs para 1.209. Os dados são do estudo “CNPJs do Brasil”, da BigDataCorp, divulgado na Época Negócios.

Existem diversas startups investindo pesado nisso. Inclusive, algumas tentando decifrar os algoritmos dos LLMs para ajudar empresas a posicionar melhor seus conteúdos nessas plataformas. Algumas delas são HubSpot, Cognizo, Otterly, e a lista não para de crescer.

Será que o SEO vai perder espaço para o AEO ? Talvez. Quem sabe, ele se reinventa de novo. O importante é entender que o comportamento digital está em transformação. E, com ele, as formas de se comunicar, de ser útil e de gerar valor.

Não estou dizendo que devemos abandonar o SEO tradicional. No entanto, pode ser a hora de ampliar o olhar e considerar novas possibilidades. Como queremos aparecer e, principalmente, otimizar as respostas da IA em um mundo cada vez mais conversacional.

Afinal, ser encontrado continua sendo algo importante.

Mas, daqui para frente, ser relevante na resposta talvez seja ainda mais.

Créditos da matéria: Cristovão Wanderley, CTO e sócio-diretor da Stratlab, especialista em tecnologia e dados

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Sobre Cristovão Wanderley


CTO e sócio-diretor da Stratlab, especialista em tecnologia e dados e participante do programa LinkedIn Creators

Cristovão Wanderley é CTO e sócio-diretor da Stratlab Inteligência Digital, responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital. É especialista em análise de dados para que informações sejam traduzidas em ações que resultem em aumento de ROI, receita e geração de leads. Desde 2023 faz parte do grupo Editorials do LinkedIn. Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela Escola Superior de Propaganda e MKT (ESPM), Wanderley tem ainda larga experiência em Growth Strategy, SEO estruturado para vendas e Social Selling. É coautor do livro Thought Leadership: muito além da influência.

Sobre a Stratlab

A Stratlab é uma martech (empresa de tecnologia em marketing) que desde 2014 integra equipes multidisciplinares e ferramentas avançadas para contribuir para o crescimento e o desenvolvimento de negócios no ambiente digital. A empresa tem como principal objetivo empoderar os clientes em marketing digital, nas vendas estratégicas para mercados B2B e em Customer Experience (CX), garantindo a presença das marcas com inteligência em diferentes mídias profissionais. Ao longo da sua trajetória, a Stratlab já implementou com sucesso estratégias em mais de 300 empresas, com mais de R$ 150 milhões em negócios realizados, envolvendo mais de 10 mil profissionais.

Para mais informações, acesse: www.stratlab.com.br.

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