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Nossos dispositivos falam, mas nós os escutamos?

por Agência Canal Veiculação

*Por Adam Mayer, Gerente Técnico de Marketing de Produto da Qlik


Cada vez mais os dispositivos que usamos conversam entre si. Os consumidores e as indústrias de eletrônicos vêm construindo aparelhos inteligentes que se conectam à internet. Desde itens vestíveis, como relógios e roupas, até aqueles instalados nos nossos carros, casas e ambientes de trabalho – tudo nos leva às cidades inteligentes. Espera-se que até 2020 tenhamos 50 bilhões de dispositivos conectados no mundo.

Nossos equipamentos já se comunicam uns com os outros para compartilhar informações sobre nossos movimentos, preferência e hábitos. A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) não é algo futurístico de um filme de ficção científica, está aqui e agora – nossas “coisas” podem se conectar e afetar umas às outras, com pouquíssima interferência humana. Pense nos 50 bilhões de dispositivos coletando informações enquanto falam entre si. São muitos dados. E ainda assim, pesquisas recentes realizadas pela Forrester mostram que mais da metade das companhias que produzem aparelhos de IoT já coletam estes detalhes, e somente um terço os utiliza.

Por que essas informações estão sendo desperdiçadas? Todas as vezes que um dispositivo se conecta, produz dados extremamente valiosos que, não somente fornecem insights imediatos do ambiente sensorial e status operacional do aparelho, como também influenciam determinadas ações, automatizadas ou não, com base no comportamento do humano e do dispositivo. Por exemplo, as indústrias automotivas. Com tecnologia inteligente, os dados que eles coletam sobre os hábitos dos motoristas são valiosos para todo o setor. Eles possuem informações sobre os lugares para onde viajamos, quanto tempo levamos para chegar lá, o horário que saímos de casa de manhã, e até o que ouvimos no caminho. Mesmo nossas máquinas de café e refrigeradores fazem parte do ecossistema de IoT. Sua cafeteira sabe exatamente quantas vezes por dia você a utiliza, e quando precisa reabastecê-la. Coloque essas informações nas mãos dos executivos de marketing digital que eles saberão quando você está utilizando menos café, e quando eles podem te mostrar anúncios e ofertas de fornecedores.

Estes insights podem ser até mesmo mais básicos. Uma agência de controle de pestes, por exemplo, pode usar uma tecnologia sensorial de Intenet das Coisas para detectar ratos em edifícios industriais e, por meio de conectividade wireless pode comunicar aos técnicos e ao cliente sobre uma infestação. Ele mostra o tamanho do problema, quais áreas do edifício estão vulneráveis aos animais e quais providências precisam ser tomadas. As possibilidades são infinitas. Então por que mais companhias não estão tirando vantagem disso? Por que ainda temos tantos dados desconectados?

Infelizmente, a dificuldade chega no processo de análise. Ela é uma grande esperança para as empresas, mas só ocorre quando os dados se relacionam à companhia em si. Nós já mostramos quantas informações os dispositivos inteligentes podem captar, mas por onde você começa a analisá-las? Se as companhias coletam tantos detalhes, elas precisam tornar-se organizações orientadas a dados, a fim de transformá-los em descobertas de fato. E isso significa encontrar a melhor forma de tornar as informações acessíveis, visuais e didáticas para maior quantidade de pessoas possível, em qualquer contexto.

A chave para ver toda a história por trás dos dados da Internet das Coisas é se aproximar deles com a mente aberta, em vez de procurar por respostas específicas. É preciso explorar e interagir com insights escondidos que você pode não ter pensado em procurar.

Dito isso, um investimento precisa ser feito. As empresas não podem se dar ao luxo de negar essa grande oportunidade de se aproximar da análise de dados por meio de dispositivos inteligentes. Existem plataformas de negócios que foram construídas para apoiar a análise de grandes quantidades de dados de forma didática e visual, para o usuário que tenha ou não conhecimentos técnicos.

Enquanto alguns tipos de investimento requerem muito preparo, as organizações que adotam Internet das Coisas não precisam temer falhas inesperadas. É possível pensar pequeno inicialmente, experimentar e analisar com o objetivo de descobrir o que é eficiente. Além disso, apesar de ser importante ter pessoas com habilidades técnicas em pesquisa de dados, especialmente em operações à longo prazo, nós encorajamos as companhias a aproveitar seus talentos internos para ter insights valiosos imediatamente.

O futuro é agora, e as empresas que adotarem a Internet das Coisas e tornarem os dados que possuem acessíveis poderão transformar dados em ouro. Com a atitude certa e investindo em analisar os dados inteligentes, elas estarão na melhor posição para compreender o comportamento humano, fazer mudanças internas no negócio e transformar dados em receita.

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