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Especialista aponta o mal da Tecnologia atual

por Agência Canal Veiculação

Um estudo da Microsoft demonstrou recentemente como a tecnologia moderna está impactando na capacidade de atenção (foco) das pessoas. O médico Fábio Cardoso, especialista em Medicina Preventiva, no entanto, afirma que é possível conviver com as transformações típicas de uma era digital adotando medidas saudáveis na nossa rotina.

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Conforme Dr. Fábio Cardoso explica, é possível trabalhar nosso cérebro de forma que ele possa para acompanhar melhor as acelerações provocadas pelas mudanças tecnológicas. Na execução das tarefas de rotina, qual a forma mais saudável do nosso organismo acompanhar a evolução das novas técnicas? Hás vantagens e desvantagens que a aceleração dos tempos provoca no corpo e na mente humana, assegura.

“A Medicina Preventiva pode explicar quais as mudanças o organismo enfrenta nesse tempo acelerado de multi-tarefas, comandado pelo digital. Também pode ajudar a entender de forma específica as adaptações que o cérebro (e o corpo como um todo, além da mente) opera para se adaptar às novas rotinas comandadas pela tecnologia”, diz ele.

Além disso, o especialista orienta como, na nossa rotina diária, podemos implantar hábitos para convivermos melhor com essas mudanças, a exemplo de exercícios e posturas (tanto físicas quanto comportamentais), além de alimentação adequada e controle da mente.

Sobre a pesquisa

A pesquisa detectou que há três tipos de atenção humana: sustentada (foco prolongado); mantendo foco seletivo apesar das distrações; alternada (deslocando a atenção entre estímulos ou tarefas).

Realizado com 200 pessoas e com a realização de exames a 112 voluntários, a pesquisa consistiu em fazer perguntas e solicitar respostas às pessoas que estavam jogando jogos projetados para medir o tempo de atenção. Os níveis de respostas foram agrupados em três categorias: alta, média e baixa capacidade de atenção.

Os exames foram administrados enquanto os voluntários assistiam a diferentes tipos de mídia e estavam envolvidos em várias atividades, um parâmetro para se diagnosticar quando a atenção vagava de um assunto ou tarefa para outro/a.

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Os pesquisadores descobriram que a concentração média para os entrevistados e voluntários foi de apenas oito segundos, abaixo de doze segundos em relação ao detectado há quase 15 anos atrás, quando o mesmo teste foi realizado (1999-2000).

Um dado positivo detectado pelos pesquisadores foi que o uso de dispositivos digitais causou uma melhoria nas habilidades de multitarefa. Por outro lado, os voluntários que usaram seus dispositivos digitais tendem a ter mais problemas com foco em situações onde essa condição era necessária para o exercício da função.

Eles também notaram que usuários que usaram dispositivos digitais com alta frequência têm aprendido ao longo do tempo a focar sua atenção, permitindo que grandes quantidades de informação possam fluir e ser processadas antes da mudança de foco para outra questão ou atividade, resultando em um aumento de “rajadas” de alta atenção. Isso significa que estes usuários são eficientes para determinar quais informações desejam focar ou ignorar – para os pesquisadores, trata-se de algo preocupante, já que, se algo simplesmente não os interessa, eles não irão focar atenção.

Por outro lado, os pesquisadores também descobriram que os usuários que tendem a utilizar várias telas (como usar seus telefones enquanto assistem TV na outra tela) tendem a ter dificuldade com filtragem da informação que está por vir por meio de qualquer um dos seus dispositivos.

Uma das conclusões mais importantes sugere que nossos cérebros estão se adaptando à nova tecnologia. Se por um lado ele se desenvolve conforme a demanda do novo tempo, o fato de estarmos nos tornando cada vez mais seletivos – só prestamos atenção naquilo que nos interessa, e não obrigatoriamente naquilo que devemos – pode ser um efeito colateral perigoso, e ainda pouco compreendido.

 

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