Ao longo de 2020, a infraestrutura crítica da economia digital brasileira tornou-se mais estratégica do que nunca. O Teletrabalho, a telemedicina, a educação a distância são apenas algumas das aplicações que exigiram um novo grau de maturidade de todos os ambientes digitais. Uma parte essencial desse contexto são as soluções de alimentação de energia ininterrupta (UPS, também conhecido como Nobreak). Essa tecnologia colabora para reduzir o tempo de downtime dos sistemas da empresa. Embora o custo do downtime varie muito, 86% dos participantes de uma pesquisa de 2019 da Statista colocaram o custo como 301.000 dólares por hora ou mais. Mais do que um terço (34%) dos entrevistados disseram que seu custo de downtime era de 1 milhão de dólares por hora ou mais.
Sob essa perspectiva, um investimento em um UPS é como uma apólice de seguro, evitando a perda de dados e suportando a continuidade dos processos de negócios da empresa.
A missão de uma fonte de alimentação de energia ininterrupta (UPS) é fornecer energia de backup limpa e segura para os equipamentos eletrônicos ligados a ela. UPSs podem ter baterias internas que são constantemente carregadas quando não estão em uso, de forma que estejam prontas para fornecer alimentação de energia de backup no caso de uma interrupção ou falta de fornecimento de energia da rede elétrica. UPSs podem detectar e fazer a compensação de anomalias como picos de tensão, surtos e flutuações temporárias na energia elétrica que podem danificar computadores e outros eletrônicos conectados.
Em 2021, os UPSs continuarão a ter um papel crítico na continuidade da economia digital brasileira. Os quatro pontos a seguir indicam como escolher o UPS sob medida para o desafio de cada negócio:
1. Determinar o tamanho da carga que precisa de proteção por UPS e, portanto, a capacidade do UPS
O primeiro passo é avaliar quais dispositivos eletrônicos e de TI terão proteção por backup da bateria do UPS. Isso envolve calcular a capacidade que o UPS tem de ter para alimentar cada dispositivo digital. Avalie para quais aplicações cada componente dá suporte e como a perda daquela aplicação afetaria a sua organização. A capacidade necessária para o UPS é a soma do consumo de energia de todos os dispositivos que serão a ele conectados.
2. Avalie a autonomia necessária para o UPS para alimentar as aplicações e dispositivos críticos
O segundo passo é determinar a autonomia para o UPS necessária para manter a operação contínua em caso de uma falha na energia elétrica. Se você possuir um gerador para alimentação de backup estendida, a autonomia necessária para o UPS pode ser de apenas alguns minutos. Para aplicações como acesso a redes e a internet, talvez seja necessário contar com 1 a 2 horas de autonomia. Quanto mais equipamentos você conectar a um único UPS, menor será a autonomia total.
3. Determine o número de tomadas necessárias
Some a quantidade de dispositivos para a qual o UPS precisará dar suporte e certifique-se de que ele tenha tomadas suficientes para atender às suas necessidades imediatas. Como alternativa, você pode usar uma unidade de distribuição de energia (PDU) para proporcionar tomadas adicionais.
4. Leve em conta os requisitos para a instalação do UPS
UPSs vêm em uma variedade de tamanhos e formatos. Modelos em torre são unidades independentes que proporcionam backup para computadores desktop, servidores e roteadores em um ambiente de escritório. Modelos de UPS montados em rack são feitos para caber em um rack de TI padrão de 19 polegadas junto com outros equipamentos de TI.
Além desses pontos, vale a pena estudar os recursos presentes nos mais avançados UPSs do mercado. UPSs placas de comunicação de rede, por exemplo, podem ser monitorados e gerenciados remotamente. Isso é importante para UPSs instalados em filiais ou localidades edge. Falando em gerenciamento, também é muito importante para estas filiais contar com uma função de shutdown para o desligamento correto de equipamentos tipo servidor quando o nível da bateria do UPS estiver muito baixo. Isso traz uma proteção maior evitando-se assim, uma queda abrupta no equipamento do cliente que pode chegar a danificá-lo ou mesmo ter perda de dados.
Alguns modelos de UPS incluem tomadas ou grupos de tomadas que podem ser gerenciados remotamente. Vale considerar, também, o uso de uma tela de LCD no UPS para mostrar informações úteis como o estado da bateria e as condições da energia.
Baterias são um elemento crítico dos UPS. Dado que um dos objetivos principais de um UPS é garantir disponibilidade, a substituição da bateria precisa ser um processo rápido e fácil. Alguns modelos de UPS, por outro lado, são compatíveis com conjuntos de baterias externos que podem proporcionar uma autonomia estendida. Isso permite aos usuários obter mais horas de tempo de backup.
Baterias de íon-lítio estão se tornando mais comuns em UPSs. Elas podem durar o dobro do tempo do que as baterias tradicionais de chumbo-ácido, pesar menos e ocupar menos espaço. Em muitos casos, o baixo custo total de propriedade (TCO) de um UPS com baterias de íon-lítio compensa o custo inicial adicional. (Para saber mais, visite a página sobre Baterias de Íon-Lítio ).
E, finalmente, o modo Eco do UPS busca economizar energia ao desviar do UPS os processos de regulagem de tensão e/ou conversão de energia. Esse modo de operação entra em ação se o sistema determinar que a qualidade da energia vinda da rede elétrica é boa.
* Victor Medina, responsável pelo desenvolvimento de negócios de canais da Vertiv na América Latina.